2012-10-31 12:46:07

Congo: nenhuma notícia sobre sacerdotes sequestrados


Kinshasa (RV) - “Há tantas contradições em todas as indicações que recebemos até agora, nenhuma pista nos levou ao lugar certo. Estamos preocupados, nossos irmãos sumiram há dez dias e ainda não tivemos um contato direito com os sequestradores nem uma prova se estão vivos”, afirmam à agência missionária Misna fontes da Congregação do Assuncionistas contatadas em Roma e em Beni, cidade na instável província do Norte Kivu, no nordeste da República Democrática do Congo.

Desde sábado 20 de outubro não se tem mais notícias dos três religiosos congoleses da Congregação dos Agostinianos da Assunção, sequestrados de seu convento na paróquia de Nossa Senhora dos Pobres de Mbau, vinte quilômetros ao norte de Beni e a 50 quilômetros da fronteira com Uganda. Os sacerdotes, todos cidadãos congoleses, Jean-Pierre Ndulani, Anselme Wasinkundi e Edmond Bamutute, foram levados por dez homens armados que falavam swahili.

O provincial religioso para a África, Padre Protais Kabila, e o Bispo da Diocese de Butembo-Beni, Dom Paluku Sikuly Melchisedec, seguem o desenrolar-se dos acontecimentos. Os dois tiveram todas as garantias do governo provincial e das forças de segurança que estão seguindo o caso. O porta-voz da sociedade civil do Norte-Kivu, Omar Kavota, disse à emissora local Rádio Okapi que “os reféns estão vivos, e se encontram na floresta entre a localidade de Oicha e a aldeia de Mavivi”, sem porém dar informações sobre a identidade dos sequestradores “para não atrapalhar as negociações para a libertação dos religiosos”.

Kavota afirmou ainda que os sequestradores querem com seu gesto “atingir o Estado congolês” e “demonstrar a ineficácia dos serviços de segurança” que deveriam proteger a população civil. Três são as pistas apontadas pelas lideranças da Igreja local: os rebeldes ugandenses das Adf-Nalu, ativos na área e no passado responsáveis de ações semelhantes contra os civis na área de Mbau-Beni e do novo movimento político-militar da União para a reabilitação da democracia no Congo (Urdc), criado no último sábado. Também não de pode excluir uma possível ação de integrantes do Movimento 23 de Março (M23), recentemente rebatizado Exército Revolucionário do Congo (Arc), ainda que a sua área de atuação seja o território de Rutshuru, mas alguns de seus homens poderiam ter se infiltrado em Beni. (SP)








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