Genebra (RV) - Sete Estados representantes no Conselho de Direitos Humanos
da ONU, incluindo o representante da Santa Sé, manifestaram preocupação com a situação
de vulnerabilidade em que se encontram a imprensa e o direito à liberdade de expressão
na Guatemala, convidando as autoridades a adotarem mecanismos de segurança para a
proteção de jornalistas.
Segundo uma nota do Conselho Episcopal Latino-Americano
(CELAM) enviada à Agência Fides, a recomendação foi feita durante o encontro de Revisão
Periódica Universal (UPR), organismo do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas,
que avalia a situação dos direitos humanos em todos os países. Na última quarta-feira,
24, foi tomada em consideração a Guatemala.
O representante do Vaticano pediu
ao Governo para garantir à população o acesso à informação, através de uma efetiva
tutela dos jornalistas e dos meios de comunicação. A Santa Sé, por meio de seu representante,
ressaltou que a imprensa guatemalteca está ameaçada pelas ações do crime organizado
e pelo narcotráfico, e pediu às autoridades para organizarem uma proteção especial.
Nessa
sessão, a Áustria manifestou preocupação com a impunidade dos casos de agressão e
ameaça a jornalistas na Guatemala. A Noruega aconselhou uma reforma eficaz à Lei das
Telecomunicações a fim de reconhecer legalmente as rádios comunitárias. Assim, os
povos indígenas terão acesso aos meios de comunicação. (MJ)