Papa: "Assembleia sinodal, expressão da universalidade da Igreja"
Cidade do Vaticano (RV) - O Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização encerra-se
neste sábado, no Vaticano.
No final da sessão de trabalhos desta manhã, Bento
XVI proferiu um discurso aos Padres sinodais, anunciando que decidiu, depois de muito
refletir e orar, transferir a competência sobre os Seminários da Congregação para
a Educação Católica para a Congregação para o Clero, e a competência sobre a Catequese
da Congregação para o Clero ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.
"Seguirão os documentos relativos em forma de Carta Apostólica Motu Proprio
para definir os âmbitos e suas respectivas faculdades. Peçamos ao Senhor para que
acompanhe os três dicastérios da Cúria Romana nesta importante missão, com a colaboração
de toda a Igreja" – frisou o pontífice.
O Papa saudou os futuros novos cardeais.
"Quis com este pequeno Consistório completar o Consistório de fevereiro, no contexto
da Nova Evangelização, com um gesto da universalidade da Igreja, mostrando que a Igreja
é Igreja de todos os povos, fala em todas as línguas, é sempre Igreja em Pentecostes;
e não Igreja num continente, mas Igreja universal. Quis expressar este contexto, esta
universalidade da Igreja que é também a expressão bonita desse Sínodo" – destacou
o Santo Padre.
"Para mim foi realmente edificante, reconfortante e animador
ver aqui uma expressão da Igreja universal, com seus sofrimentos, ameaças, perigos
e alegrias, experiências da presença do Senhor, também nas situações difíceis" – disse
ainda.
"A Igreja sente os ventos contrários, mas sente, sobretudo, o vento
do Espírito Santo que nos ajuda, nos mostra o caminho certo, e assim, com renovado
entusiasmo, caminhamos e agradecemos a Deus por nos dar este encontro realmente católico"
– frisou Bento XVI.
O Santo Padre agradeceu aos Padres sinodais e a todos aqueles
que trabalharam na realização do Sínodo. "Agora, essas proposições são um testamento,
um dom ofertado a mim em benefício de todos, que será elaborado num documento vindo
da vida e que deve gerar vida" – concluiu o Papa. (MJ)