Nova Iorque (RV) – O Presidente do Departamento para as Relações Exteriores
do Patriarcado de Moscou, Metropolita Hilarion, interveio esta semana no Terceiro
Comitê da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
Em seu pronunciamento, Hilarion
declarou-se preocupado com as inúmeras violações da liberdade de religião e pelas
manifestações de violência contra representantes de diversas comunidades. “Em especial,
gostaria de citar o problema da discriminação contra os cristãos, atualmente o grupo
religioso mais perseguido do planeta. A cada cinco minutos, um cristão é morto por
sua fé”, disse o Metropolita, acrescentando que são mais de 100 milhões os cristãos
perseguidos no mundo.
Segundo ele, essas cifras devem obrigar a comunidade
internacional não somente a discutir o problema da discriminação contra os cristãos,
mas também a tomar medidas decisivas para sua defesa.
O metropolita ortodoxo
falou da situação atual no Oriente Médio e em alguns países da Ásia e da África, que
estão sofrendo processos dramáticos causados por revoluções, conflitos armados, confrontos
políticos e conflitos de interesse econômico.
“Meu dever como representante
do Patriarcado de Moscou é levantar a voz diante dessa Assembleia em defesa dos meus
irmãos cristãos”, afirmou Hilarion, recordando que uma das principais tarefas das
instituições internacionais, como a ONU, é a tutela dos Direitos Humanos.
“A
liberdade de religião é um direito humano fundamental – destacou – e a nossa Igreja
sempre se expressou contra toda forma de discriminação, perseguição e violência por
motivos religiosos.”
O Metropolita concluiu fazendo votos de que a Organização
das Nações Unidas preste a devida atenção ao problema da perseguição dos cristãos
no mundo moderno, ajudando a comunidade internacional a criar um mecanismo eficaz
para opor-se à discriminação por motivos religiosos.