2012-10-26 13:01:09

Bento XVI: “A linguagem da arte é uma linguagem parabólica”


Cidade do Vaticano (RV) - “Arte e fede. Via Pulchritudinis”. É o título do filme-documentário que foi projetado na tarde desta quinta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, na presença do Papa Bento XVI, por ocasião das celebrações do Ano da fé e dos 500 anos da Capela Sistina. O filme, uma produção em várias línguas das Edições Museus Vaticanos, foi realizada pela televisão polonesa TBA, pelo Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Direção dos Museus Vaticanos, e a partir do próximo mês de novembro será distribuído em nível mundial. Presentes na projeção do filme os padres sinodais.

No seu discurso na conclusão do filme-documentário o Santo Padre destacou a relação entre arte e evangelização, “um binômio que acompanha a Igreja e a Santa Sé há dois mil anos, um binômio que ainda hoje devemos valorizar mais ainda na tarefa de levar aos homens e às mulheres do nosso tempo o anúncio do Evangelho, do Deus que é Beleza e Amor infinito”.

“A linguagem da arte é uma linguagem parabólica” – disse ainda Bento XVI - dotada de uma especial abertura universal, e a ‘via Pulchritudinis’ - caminho da beleza – “é um caminho capaz de guiar a mente e o coração rumo ao Eterno, de elevá-los até às alturas de Deus”.

Definindo o filme “uma contribuição específica e qualificada dos Museus Vaticanos ao Ano da Fé”, o Papa afirmou que o patrimônio artístico da Cidade do Vaticano constitui uma espécie de grande parábola através da qual o Papa fala aos homens e mulheres de todas as partes do mundo, e, portanto, de culturas e religiões diferentes, pessoas que talvez jamais lerão um seu discurso ou uma sua homilia. Para muitas pessoas, de fato, a visita aos Museus Vaticanos “representa, em sua viagem a Roma, o contato maior, às vezes único, com a Santa Sé” e é, portanto, “uma ocasião privilegiada para conhecer a mensagem cristã”.

Bento XVI em seguida afirmou que apreciou muito o fato de que no filme-documentário se faça repetidamente referência ao compromisso dos Pontífices Romanos pela conservação e valorização do patrimônio artístico; e também, na época atual, por um renovado diálogo da Igreja com os artistas.

“A Coleção de Arte Religiosa Moderna dos Museus Vaticanos é a demonstração viva da fecundidade deste diálogo”, destacou o Papa: “Mas não só ela, todo o grande conjunto dos Museus Vaticanos possui também esta dimensão que poderíamos chamar evangelizador. Bento XVI, ainda, prestou homenagem, em particular, à grande sensibilidade pelo diálogo, entre a arte e fé, do seu amado predecessor o bem-aventurado João Paulo II: “o trabalho que a Polônia tem nesta produção testemunha seus méritos neste setor”, acrescentou dirigindo-se à delegação polonesa presente. (SP)







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