2012-10-25 12:06:33

Liberdade religiosa: questão crucial para o respeito à dignidade humana. Ouça!


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – A liberdade religiosa mais de uma vez esteve no centro da atenção dos participantes do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização.

Para o Arcebispo de São Paulo, Card. Odilo Scherer, um dos padres sinodais, esta questão é sempre crucial: por ela passa o respeito à dignidade da pessoa humana. Sobre a relação entre Nova Evangelização e liberdade religiosa, eis o que disse o Card. Odilo, entrevistado por Silvonei José:

Nós temos situações em que o Cristianismo, a Igreja Católica mesma, está sendo confrontada com restrições à liberdade religiosa – o que é um direito humano fundamental. Aliás, as maiores perseguições religiosas hoje novamente estão voltadas contra os cristãos e, sobretudo, contra os católicos. E isso não só em países de maioria muçulmana, mas até em países ocidentais, países ditos democráticos, mas onde se reprime a liberdade religiosa de alguma forma. O Sínodo tem se manifestado sobre isso, vários padre sinodais manifestaram essa dificuldade. Existe o fato de em alguns países não haver a liberdade de consciência, a pessoa não é livre de ter uma sua opção de consciência. Por outro lado, existe um fato muito grave, em que a legislação nacional assume legislações religiosas muito restritivas, por exemplo, em algum país tem a lei contra a blasfêmia. Mas ‘o que vem a ser a blasfêmia?’, é o que se pergunta. Justamente às vezes são coisas que muito facilmente podem ser interpretadas como blasfêmia, e portanto restringem enormemente a liberdade de expressão, liberdade de pessoas que eventualmente não compartilham aquela religião. A questão da liberdade religiosa é sempre crucial, porque por ela passa o respeito à dignidade da pessoa humana. Vários são os direitos que precisam ser respeitados, mas o direito à liberdade de consciência, liberdade de religião é um dos fundamentais direitos porque ele afeta diretamente a dignidade da pessoa, sua consciência, seu ser e sua autodeterminação interior a partir de uma opção de consciência. Por isso, o Papa várias vezes no seu magistério tem se referido a isso como sendo um direito delicado, mas muito importante que deve ser levado em conta pelas nações.

(BF)







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