2012-10-23 11:50:54

Situação tranquila em Bissau, após os incidentes ocorridos de sábado para domingo. O comunicado do governo


Na Guiné-Bissau, a calma voltou à capital Bissau, após os novos incidentes mortíferos verificados na noite de sábado para domingo entre os militares bissauguineenses, como nos confirmava, nesta segunda-feira, a partir de Bissau, Indira Correia Baldé. RealAudioMP3
Indira Correia Baldé, sobre a sempiterna violência político-militar bissau-guineense.
Também a agência católica internacional “Fides” confirma que a situação neste momento está calma, embora as forças de segurança tenham reforçado os controles nas fronteiras e ao longo das estradas, e tenham rebuscado algumas casas à procura dos responsáveis ​​do ataque ao quartel ", disse à Agência Fides uma fonte da Igreja de Bissau (que pediu o anonimato por razões de segurança).
Os factos são os seguintes: na madrugada de Domingo, um pequeno grupo armado atacou o quartel dos Boinas Vermelhas, uma unidade de elite, próximo do aeroporto. Pelo menos sete pessoas morreram no ataque. "Trata-se da unidade mais eficiente do exército local e que tem estado um pouco ao centro das lutas internas pelo poder ", diz a fonte.
O governo acusou o capitão Pansau N'Tchama, considerado leal ao ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, destituído pelo golpe militar de 12 de Abril. Os golpistas guiados pelo Chefe do Estado Maior, General António Indjai, cederam o poder a alguns homens políticos depois de terem assinado um acordo para o estabelecimento de um governo de transição liderado pelo presidente Manuel Serifos Nhamadjo
Este acordo foi aprovado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS), mas foi rejeitado por Portugal (ex-colonizador) e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A União Europeia impôs sanções contra os principais membros da Guiné-Bissau.
O governo de Bissau acusou Portugal, a CPLP e o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior de serem os instigadores do ataque ao quartel. "Esta é a versão de quem está no poder. Estamos tentando entender quem está por detrás deste incidente, mas é muito difícil entender o que está por trás dos bastidores da política no País. Certamente o governo, acusando explicitamente Portugal e a CPLP, acentua ainda mais o seu isolamento internacional ", disse a mesma fonte. É também claro que existe ligação entre os últimos eventos e o tráfico de droga, porque "a luta pelo poder político está ligada ao controle dos tráficos de cocaína que transitam no País, da América Latina para a Europa", conclui a fonte, segura mas anónima, da agência Fides.








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