2012-10-19 14:10:51

A "road map" de Bento XVI para o Oriente Médio


Roma (RV) – As reivindicações dos povos árabes para obter reformas constitucionais, econômicas e sociais são justas e legítimas, mas não a pretensão de impor essas mudanças através da força.

Esta é uma das análises feitas na reunião de Patriarcas, Cardeais e Bispos que se realizou à margem dos trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, em andamento no Vaticano.

O encontro – do qual participou, entre outros, o Cardeais Timothy Dolan, Leonardo Sandri, Louis Tauran e Pèter Erdò, com o Patriarca greco-mequita Grégoire III Laham – se realizou esta semana no Pontifício Colégio Maronita, a convite do Patriarca da Igreja maronita Béchara Boutros El Raï.

Tratou-se de uma ocasião para um confronto sobre o papel dos cristãos no Oriente Médio na atual e delicada conjuntura histórica e política.


Da síntese da reunião, enviada à Agência Fides, emerge que em relação à crise síria, os padres sinodais concordaram sobre o fato de que a solução do conflito e a realização das reformas sejam alcançadas “através do diálogo e da negociação política e diplomática”.

Os presentes também reiteraram que, na base das tensões e das divisões no Oriente Médio, há “o conflito entre israelenses e palestinos e o conflito árabe-israelense”, sobre os quais a comunidade internacional é chamada a favorecer a aplicação das resoluções internacionalmente legitimadas.


Os Patriarcas, Cardeais e Bispos reunidos no Pontifício Colégio Maronita também compartilharam o pesar pela política de algumas potências da área médio-oriental e ocidental, que “exploram os protestos populares e suas reivindicações para semear o caos e promover os conflitos internos e sectários”, preocupadas somente em incrementar o tráfico de armas e afirmar os próprios interesses estratégicos.

Todos concordaram que nesta fase histórica a “road map” para os cristãos do Oriente Médio é representado pelas palavras pronunciadas por Bento XVI durante sua recente visita apostólica ao Líbano. O convite dirigido a todos os cristãos da área médio-oriental é “perseverar em seu testemunho único de convivência entre muçulmanos e cristãos”, resistindo também aos conflitos religiosos e culturais que são fomentados por míopes interesses políticos "por algumas potências regionais e internacionais".

(BF)







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