O que o Brasil traz ao Sínodo? Dom Leonardo Steiner responde. Ouça
Cidade
do Vaticano (RV) – A missionariedade, no espírito de Aparecida; a importância
da Palavra de Deus nas comunidades e famílias; e enfim, a Igreja, comunidade de
comunidades. Estes três tópicos estão sendo trazidos pela Igreja brasileira à XIII
Assembleia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano.
Dom
Leonardo Ulrich Steiner, OFM, bispo auxiliar de Brasília, é Secretário-Geral da CNBB,
e um dos eleitos pelo episcopado brasileiro para vir ao Vaticano como padre sinodal.
Ele antecipou à RV os temas sugeridos no Conselho Episcopal realizado na última semana,
em Brasília.
“Nós gostaríamos de abordar o que temos refletido nas nossas
diretrizes gerais da ação evangelizadora, retomando o espírito de Aparecida sobre
a missionariedade. Todo batizado e toda batizada deve ser missionário e missionária.
Depois, a importância da iniciação à vida cristã, que é fundamental: não apenas uma
iniciação à vida sacramental, mas a vida inteira iniciada na vida de Jesus Cristo;
e a importância da Palavra de Deus. Acabamos de retomar numa discussão, numa reflexão
que fizemos no Conselho de Pastoral com a contribuição dos representantes de nosso
episcopado levar ao Sínodo; a importância da Palavra de Deus na vida de nossas comunidades,
nas famílias e na vida pessoal também. Outro elemento muito refletido que levamos
ao Sínodo é a Igreja comunidade de comunidades: estarmos mais presentes como Igreja
na periferia, sendo comunidades menores, onde as pessoas possam se sentir mais acolhidas...
estarmos mais no meio do povo; irmos ao encontro das pessoas. Finalmente também, no
contexto de nossas diretrizes, a importância de que o Evangelho pervada todas as estruturas
e realidades. Nós somos anunciadores de uma vida plena... portanto, a questão da presença
do Evangelho na vida da política, da cultura, dos direitos humanos; e a questão de
levarmos à sério o cuidado pelos pobres”. (CM)