2012-10-09 13:44:26

Fome no mundo diminui mas permanece inaceitável; Brasil avança.


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Roma (RV) - O novo relatório sobre a fome no mundo foi apresentado na manhã desta terça-feira, em Roma. Número de pessoas famintas caiu, mas continua inaceitável, destaca Graziano da Silva.

São 870 milhões as pessoas que passam fome no mundo. A maioria destas pessoas está nos países em desenvolvimento, cerca de 852 milhões, que representam 15% da população destes países.

A Ásia lidera a redução da fome. Nos últimos dez anos, 200 milhões de pessoas deixaram de ser ameaçadas pela insegurança alimentar. A China, em termos absolutos, reduziu em 100 milhões o número de famintos.

Na América Latina, o número de pessoas famintas caiu 25% nos últimos doze anos. Peru e Nicarágua, respectivamente, conseguiram neste período, reduzir a fome em 54% e 49%.

“Merece destaque também para o Brasil que reduziu em 40% o número de pessoas com fome entre 1990 e 2012”, diz o Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva.

Na África, enquanto alguns países apresentam avanços, outros ainda estão estagnados, como revela Graziano da Silva.

“Infelizmente, nas regiões da África Subsaariana e no Chifre da África vimos um aumento do número de pssoas com fome. É uma região em que temos enfrentado todos os tipos de problemas como secas, inundações, conflitos e vai na contramão da tendência geral da redução da (fome). Mas mesmo na África temos boas notícias: Gana, por exemplo, reduziu a fome em 87%, Mali, antes do conflito, tinha uma redução de 44% e Camarões de 35%. Isso mostra que mesmo em situações adversas, quando há políticas para promover o desenvolvimento agrícola, principalmente dos pequenos agricultores, como foi feito em Gana, elas dão resultados imediatos no número de famintos”

Por fim, Graziano lembra a necessidade de continuar o trabalho conjunto entre as três agências da ONU em Roma, nomeadamente a FAO, o PMA e o FIDA.

“Um lugar exemplar do trabalho conjunto da FAO e do PMA é a Somália onde em 8 meses conseguimos tirar o país da situacao do grau de fome generalizada, com medidas de apoio à pequena produção, com um programa de pagamento para o trabalho, que resultaram em reparação de pequenas rodovias, de canais de irrigação e de recuperação de areas de pastagem. Esse trabalho integrado foi considerado modelo para outras áreas como, por exemplo, o Sahel, onde também estamos trabalhando juntos.”







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