Faculdade Dom Luciano propõe História da Arte Sacra

Mariana (RV) – Na última sexta-feira, 5 de outubro, Dom Luciano Mendes de Almeida, falecido em 2006, teria completado 82 anos de idade. A Faculdade que leva o seu nome, na Arquidiocese de Mariana (MG), está promovendo a nova edição do curso de pós-graduação em História da Arte Sacra. O último curso ministrado teve a participação de alunos de 8 estados. Sua realização foi de fundamental importância para a instituição que sempre se preocupou com a educação e o desenvolvimento da pessoa humana e que, por meio desse curso, pôde contribuir com conhecimento da história e dos elementos artísticos e culturais que fazem parte do patrimônio religioso.

“Aprimorar os conhecimentos relativos à arquitetura religiosa cristã e seu patrimônio móvel e integrado”. Este é o objetivo do novo curso de pós-graduação lançado pela Faculdade Arquidiocesana de Mariana (MG) Dom Luciano sobre História da Arte Sacra. O curso terá a coordenação geral da doutora em Arqueologia e História da Arte pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira.

A finalidade do curso é ainda oferecer capacitação profissional aos que atuam nas áreas de ensino e pesquisa, órgãos do patrimônio e gestão dos monumentos e seu acervo. As inscrições vão até 15 de novembro e podem ser feitas no site http://www.famariana.edu.br.

A Arquidiocese de Mariana possui um rico acervo de arte sacra. Cidades históricas como Ouro Preto e Congonhas, além de Mariana, pertencem à arquidiocese. O curso, com 360 horas/aula, prevê visitas às igrejas destas cidades e também de São João del Rei e Tiradentes.

Dom Luciano Mendes de Almeida

Religioso jesuíta e nascido no Rio de Janeiro, quando era bispo auxiliar de São Paulo, criou a Pastoral do Menor e promoveu obras sociais para ajudar viciados em drogas e idosos.
Fez seus estudos de filosofia em Nova Friburgo (1951-1953) e partiu para a Itália para complementar seus estudos em teologia (1955-1958). Ordenou-se padre em Roma aos 28 anos, cidade onde também se doutorou em Filosofia (1965). Foi professor de Filosofia (1965-1972), instrutor da terceira provação na Companhia de Jesus (1970-1975) e membro da diretoria da Conferência dos Religiosos do Brasil (1974-1975). Foi o primeiro jesuíta a sagrar-se bispo no Brasil, ao ser nomeado (1976) pelo Papa Paulo VI, tornando-se, então, bispo auxiliar na Arquidiocese de São Paulo, na região Leste I. Durante os 12 anos seguintes na diocese paulista, auxiliou o Cardeal-Arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns organizando centenas de abrigos para menores abandonados. Assumiu (1979) a Secretaria geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da qual se tornaria presidente (1987-1994), cumprindo dois mandatos consecutivos. Passou a intermediar os interesses da Igreja com o Governo Federal e o Congresso. Tornou-se membro do conselho permanente do Sínodo Episcopal (1987) antes de receber a indicação para estar à frente da Igreja particular de Mariana (1988). Foi membro da Pontifícia Comissão Justiça e Paz (1992) e vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano, o CELAM (1995-1998). Morreu aos 75 anos, ao lado da família e dos amigos, por falência múltipla de órgãos, em São Paulo.
(CM-CNBB)