2012-10-03 12:43:45

Paquistão: possível conclusão do caso Masih


Islamabad (RV) - Os advogados de acusação no processo contra Rimsha Masih – a menina cristã presa com a acusação de blasfêmia e depois liberada sob fiança – estão colocando em ato “uma tática obstrucionista, com a finalidade de prolongar o caso e impedir a sua completa resolução: “foi o que disse à agência Fides Paul Bhatti, líder da “All Pakistan Minorities Alliance” e Ministro para a Harmonia nacional, referindo-se ao caso da menina. O Supremo Tribunal de Islamabad adiou a audiência do processo para o dia 17 de outubro, por causa da ausência (por motivos de saúde) dos advogados da acusação.

A estratégia da acusação, afirmou Bhatti, é destinada ao fracasso, pois “o caso se encontra nas mãos do Supremo Tribunal, que não pode ser condicionado, e as provas apresentadas pela defesa são irrefutáveis”. Rimsha “certamente será absolvida” e a “nada servirá a retratração das testemunhas que acusaram o Imã Khalid Jadoon Chishti de ter montado o caso”.

De fato, as declarações foram feitas segundo a seção n. 164 do Código Penal do Paquistão. Isto significa que o juíz submeteu por três vezes o documento às testemunhas, pedindo confirmação, e assegurando-se que não houve nenhum tipo de condicionamento. Após tal procedimento, as declarações são consideradas conclusivas, e a retratação, segundo as leis vigentes, é inadimissível.

O adiamento de 15 dias da audiência, informa Bhatti, foi motivado somente pela ausência temporária do juíz. Se tudo proceder normalmente, - diz de modo otimista - “certamente teremos a absolvição com fórmula plena e isso poderá já ocorrer no dia 17 de outubro”.

Falando à agência Fides, Bhatti estigmatiza o comportamento de algumas ONGs cristãs paquistanesas que continuam a difundir apelos da família de Rimsha e fazendo crer que administram o caso, “unicamente para fins comerciais e especulação, atraíndo benfeitores ocidentais”.

O Ministro recorda que Rimsha e a sua família estão em um lugar seguro, tutelados pela “All Pakistan Minorities Alliance” e que nenhuma ONG mantém contato com eles. (SP)








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