Cidade
do Vaticano (RV) - O Papa Bento XVI visitou o Líbano de 14 a 16 deste mês, realizando
sua 24ª viagem apostólica internacional. O Papa foi ao País dos Cedros para entregar
à Igreja no Oriente Médio a Exortação apostólica pós-sinodal Ecclesia in Medio Oriente.
Outro evento importante dessa viagem foi o encontro com os jovens do Líbano
e do Oriente Médio no Patriarcado Maronita de Bkerké.
A propósito de encontro
com a juventude, em nosso espaço de Memória Histórica vamos recordar o encontro de
João Paulo II com os jovens em sua viagem apostólica ao Líbano, em 1997. Naquela ocasião,
João Paulo II entregou a Exortação Apostólica pós-sinodal «Uma esperança nova para
o Líbano», fruto da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para o Líbano.
Na
Basílica de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa, o Papa Wojtyla encontrou-se com a
juventude libanesa e disse que compreendia suas aspirações e inquietudes diante da
situação do país.
"Sinto-me particularmente feliz por encontrar-me com vocês
nesta tarde, durante a minha viagem apostólica a esse país. Em primeiro lugar, agradeço
ao Senhor Cardeal Nasrallah Pierre Sfeir, Patriarca de Antioquia dos Maronitas, pelas
palavras de boas-vindas, e a Dom Habib Bacha, Presidente da Comissão episcopal para
o Apostolado dos Leigos, por ter-me apresentado a juventude do Líbano. Estimados jovens,
na vida cotidiana não tenham medo de encontrar Cristo, a exemplo dos discípulos de
Emaús. Cristo infunde em cada um de vocês a sua esperança para que sejam responsáveis
pelo futuro do Líbano e pelo futuro da Igreja nesse país" - disse.
João Paulo
II recordou aos jovens que eles são a riqueza do Líbano, pois eles têm sede de paz,
de fraternidade e o desejo de se empenhar a cada dia em favor desta terra. "Junto
com os seus pais, educadores e todos os adultos que desempenham encargos sociais e
eclesiais, vocês devem preparar o Líbano de amanhã, para fazer dele um povo unido,
com sua diversidade cultural e espiritual"- disse o Papa Wojtyla, acrescentando: "O
Líbano é uma herança repleta de promessas. Entre os elementos que criam a unidade
no seio de uma nação, encontra-se o sentido do diálogo com todos os irmãos, no respeito
das sensibilidades específicas e das diferentes histórias das comunidades. Longe de
afastar as pessoas umas das outras, esta atitude fundamental de abertura constitui
um dos elementos morais essenciais da vida democrática e um dos instrumentos fundamentais
do desenvolvimento das solidariedades, para recompor o tecido social e dar um novo
impulso à vida nacional." (MJ)