Cidade do Vatcano (RV) -* Raramente a mensagem do Papa no curso de uma viagem
é compreendida e acolhida com admiração e consenso quase unânime como nesta ocasião.
As vozes dissonantes foram poucas. Justamente. Foi um sinal muito apreciado o sentido
de responsabilidade dos comunicadores. A missão do profeta desarmado que andava
sem incertezas, decididamente, a falar de paz em uma região e em um período de conflito
e protestos veementes foi uma mensagem de força e de evidência não comum. Enquanto
tudo envolta continua confiando de modo especial no poder e nas armas, e se alimenta
o ódio sem trégua, as palavras do diálogo e do respeito recíproco, o convite à reconciliação,
a exortação aos jovens de diversas crenças religiosas para construir juntos um futuro
de paz ressoaram com límpida e fascinante verdade, da boca “de um que fala com autoridade”
diferentemente de outros mestres menos credíveis.
Particularmente encorajadora
a acolhida dos chefes religiosos muçulmanos do Líbano, que ouviram com respeito e
disponibilidade a mensagem de paz e de colaboração entre cristãos e muçulmanos para
paz em sua terra, no coração do Oriente Médio.
O respeito sincero pela crença
do outro fundamenta aqueles pensamentos, aquelas palavras e aqueles gestos de paz
dos quais uma vez mais falou o Papa, e dos quais grande parte do mundo, uma aldeia
global, tem grande necessidade, para não alimentar irresponsavelmente reações incontroláveis
e violentas. O Papa e a Igreja Católica fazem sua parte pela paz no mundo, também
aqueles que possuem instrumentos de poder político, militar ou de comunicação devem
fazer sua parte neste empenho crucial pelo futuro da humanidade. *Pe. Federico
Lombardi, SJ