Igreja portuguesa convida a acolher novas comunidades emigradas
Em Portugal, a Igreja está a incentivar os portugueses residentes no estrangeiro a
receberem e apoiarem os novos emigrantes, de forma a suavizar os impactos da emigração,
que já atinge valores comparáveis aos anos 60, segundo a Obra Católica Portuguesa
das Migrações. "Neste momento, estamos a tentar desenvolver uma mentalidade por
causa desta nova leva de emigração e que está a começar na Suíça, com a criação, a
partir das missões, de uma espécie de famílias de acolhimento para os novos emigrantes",
disse à agência Lusa o director da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCMP).
Estas "famílias de acolhimento visam acompanhar e ajudar a integrar os emigrantes
que não têm familiares ou pontos de referência naquele país. É uma forma de não se
sentirem isolados e sózinhos num país que não é o seu e que, às vezes, nem entendem
a língua", comentou o frei Francisco Sales Diniz.
O responsável compara
a actual vaga de emigração à registada na década de 60/70, ressalvando que nessa altura
era fácil contabilizar a emigração, o que já não é possível actualmente devido à abertura
das fronteiras e ao espaço Shenghen. Dados divulgados pelo secretário de Estado português
das Comunidades, José Cesário, indicavam que, em 2011, emigraram 150 mil portugueses.