2012-09-20 12:20:01

Síria: visita do Papa encheu de esperança a juventude do país


Damasco (RV) – O Núncio Apostólico na Síria, Dom Mario Zenari, afirmou que a recente visita do Papa Bento XVI e o chamado que fez à comunidade internacional para que busque verdadeiro meios para a paz na Síria, encheu de esperança a juventude do país. O Pontífice visitou o Líbano entre os dias 14 e 16 de setembro para assinar e entregar a Exortação Apostólica pós-sinodal “Ecclesia in Médio Oriente” e chamou a atenção em diversas ocasiões para a situação injusta que vive a população civil por causa da guerra neste país.

“Por que tantos horrores? Por que tantos mortos? Faço apelo à comunidade internacional; faço apelo aos países árabes para que, como irmãos, proponham soluções viáveis que respeitem a dignidade de cada pessoa humana, os seus direitos e a sua religião. Quem quer construir a paz, deve deixar de ver no outro um mal a ser eliminado; não é fácil ver no outro uma pessoa que merece respeito e amor, e, no entanto, é preciso consegui-lo, se existe o desejo de construir a paz, se houver a fraternidade”, disse no último domingo Bento XVI, no City Center Waterfront de Beirute.

Em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano, Dom Zenari considerou que o Papa “tocou o coração dos jovens na Síria, dos cristãos, mas principalmente dos fiéis”. A visita “foi verdadeiramente uma surpresa muito grata e um dom do Santo Padre aos cristãos, aos jovens em particular, às suas famílias, e às paróquias da Síria”, acrescentou.

O prelado afirmou que sabe que nas orações do Papa, sempre estão as pessoas que mais sofrem, seja qual for seu credo ou religião, “basta ver o número de refugiados e deslocados; são pessoas que sofrem de maneira terrível nestes dias e há um ano e meio na Síria”. “Todos têm um lugar privilegiado nas orações do Santo Padre. Foi muito bom que ele tenha expressado isso para que todos saibam”, disse.

Finalmente, ao explicar a situação na qual se encontram os jovens do país, Dom Zenari indicou que os cristãos são os primeiros a comprometerem-se com seus irmãos para ajudar a acabar com esta guerra. Muitos se perguntam, “qual é nosso papel para sair desta crise? Qual deve ser nosso compromisso? Em âmbito paroquial há também grandes exemplos de compromisso no campo social com os refugiados, assim como também no âmbito das diversas associações”, concluiu o núncio. (SP)








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