Promover e defender a unidade da fé: Papa em audiência a 120 bispos
O Papa recebeu Nesta quinta-feira, ao meio dia, em audiência na Sala dos Suíços em
Castelo Gandolfo cerca de 120 bispos que participam num colóquio promovido pela Congregação
para os Bispos.
No discurso que lhes dirigiu, Bento XVI disse-lhes que esta
peregrinação ao Túmulo de Pedro e a reflexão que fizeram sobre o ministério episcopal
assume este ano particular relevo na vigília do Ano da Fé, dos 50 anos da abertura
do Concílio Ecuménico Vaticano II e dos 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja
Católica.
Um momento também para fazerem experiência de comunhão entre eles
e alimentarem, no encontro com o sucessor de Pedro, o sentido de responsabilidade
para com toda a Igreja. Com efeito, disse-lhes ainda o Papa “enquanto membros do colégio
episcopal deveis ter sempre uma especial solicitude para com a Igreja universal, antes
de mais, promovendo e defendendo a unidade da fé”.
Frisando depois que Cristo
confiou a missão do anuncio antes de mais ao conjunto dos Pastores em colaboração
com o Papa, o pontífice recordou aos bispos que “a sua preocupação prioritária deve
ser a de promover e apoiar um empenho eclesial mais convicto a favor da nova evangelização
para redescobrir a alegria de acreditar e o entusiasmo ao comunicar a fé” . Tudo
isto num espírito de comunhão e colaboração pois que a evangelização não é, contudo,
obra apenas de alguns especialistas, mas de todo o Povo de Deus sob a guia dos Pastores.
E aqui bento XVI citou o Papa João XXIII que, na abertura do Concilio Vaticano II
recordava que “é necessário que a doutrina certa e imutável da Igreja seja fielmente
respeitada, aprofundada e apresentada de forma a responder às exigências do nosso
tempo”. Pode-se, portanto, dizer que a nova evangelização começou com o Concílio –
acentuou o Papa dizendo que esta herança é confiada à atenção de todos os pastores.
“Há que evangelizar – continuou citando a Exortação Apostólica Evangeli Nuntiandi
– não de forma decorativa, como um verniz superficial, mas de forma vital, em profundidade
e até às raízes – a cultura e as culturas do homem… partindo sempre da pessoa e tendo
sempre em conta as relações das pessoas entre si e com Deus”.
Bento XVI frisou
ainda que a fé requer testemunhos credíveis e convidou os bispos a um empenho de santidade,
à caridade, ao perdão, a não serem litigiosos, mas evangelicamente mansos com todos,
capazes de ensinar, pacientes, compreensivos nas chamadas de atenção.