Bispos latinos da região árabe reunidos em Amã

Amã (RV) - O Instrumentum Laboris sobre a Nova Evangelização e a Exortação Apostólica está no centro dos trabalhos da Conferência dos Bispos Latinos da Região Árabe, reunida desde terça-feira, até esta quinta-feira, em Amã, na Jordânia. Após a saudação de boas-vindas do Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, na manhã de ontem, quarta-feira realizou-se uma mesa redonda dedicada a troca de informações sobre a situação nos países árabes que compõem a Conferência e nas dioceses. A parte da tarde foi dedicada principlamente ao Instrumentum laboris sobre a Nova Evangelização, destaca o portal www.lpj.org.

O dia de hoje teve início com um chamado, sobretudo, para o que é necessário conservar da recente visita do Papa ao Líbano. Na parte da tarde, os bispos visitarão a Universidade americana de Madaba, para em seguida realizarem uma peregrinação até o Monte Nebo, sobre o tema: “Um olhar de fé e de esperança para o futuro”. Enfim está prevista a oração de sufrágio por todas as vítimas de sofrimentos nos países árabes.

Durante os trabalhos o Presisdente da Conferência dos Bispos Latinos da Região Árabe, o Patriarca Twal, falará amplamente sobre a Exortação Apostólica entregue pelo Papa no último domingo em Beirute. “Hoje, no âmbito do Ano da fé, que sublinha o 50º aniversário do Vaticano II, nós temos necessidade de uma fé sólida, característica dos mártires”, disse o patriarca latino de Jerusalém para o qual os desafios que as Igrejas no Oriente Médio devem enfrentar são os da fidelidade a Cristo e à Igreja por ele fundada, a comunhão e o testemunho.

Pontos já tocados no Sínodo para o Oriente Médio – que se realizou em Roma de 10 a 24 de outubro de 2010 – e que serão desenvolvidos também no Sínodo dedicado à Nova Evangelização, que se realizará no Vaticano entre os dias 7 e 28 de outubro próximo.

O Patriarca Twal recordou a missão das Igrejas do Oriente Médio “que são chamadas a se confrontarem com as mudanças provocadas pelo progresso e que se traduzem em um aumento da desconfiança em relação ao que foi transmitido, ou até mesmo de total indiferença ao que a Igreja propõe”. “Uma missão, evidenciou o patriarca, que “é tarefa de cada batizado”.

Para o patriarca é necessário insistir em quatro pontos: a redescoberta da fé da primeira comunhão cristã – partir novamente de Jerusalém; retornar à Palavra de Deus encarnada e às fontes apostólicas -; o esclarecimento das percepções das mudanças na sociedade que solicitam o modo de crer; a análise dos instrumentos a disposição para a transmissão da fé para que possam ser utilizados da melhor forma possível; um bom conhecimento do novo contexto (a Primavera árabe) na qual é anunciada a fé. (SP)