Cidade do Vaticano (RV) – “Nenhum cristão pode considerar a fé como uma questão
fechada uma vez para sempre na vida”. É a convicção de Dom Stanislaw Rylko, Presidente
do Pontifício Conselho para os Leigos, que num artigo publicado ontem no jornal vaticano
“L’Osservatore Romano” descreve o já iminente Ano da Fé, proclamado pelo Papa, como
“um desafio que continuamente nos interpela, uma espécie de provocação salutar e permanente,
um forte alerta a deixar prevalecer em nossa vida o ser e não o fazer”.
Para
Bento XVI, de fato, “a verdadeira crise da Igreja no mundo ocidental é uma crise de
fé”: a fé, portanto, “deve ser repensada e, sobretudo, revivida de maneira nova”.
“Diante desse não fácil desafio – afirma o cardeal -, a Igreja olha com grande esperança
aos movimentos eclesiais e às novas comunidades”, que “oferecem específicos itinerários
de fé nascidos a partir dos respectivos carismas exatamente com o objetivo de viver
a fé de maneira nova, nos novos cenários sociais e culturais do mundo que nos rodeia.
Itinerários de fé que permitem descobrir todo dia, a beleza da fé, que permitem encontrar
o gosto de Deus”.
Numa sociedade “fluida” como a nossa, conclui o Cardeal
Rylko, os movimentos eclesiais e as novas comunidades “são aqueles lugares em que
nascem personalidades cristãs firmes, fortes, adultas na fé”. (SP)