2012-09-19 12:51:13

Cardeal Dolan responde sobre a Igreja "fora de moda"


Nova York (RV) – O Arcebispo de Nova York e Presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Cardeal Timothy Dolan, responde com muita simplicidade e precisão, baseando-se na vida cotidiana, às pessoas que afirmam que a Igreja é “anacrônica” ou está “fora de moda”. Na última publicação de seu blog pessoal, no site da Arquidiocese de Nova York, o purpurado respondeu às críticas que afirmam que a Igreja deve “se atualizar ou vai perder fiéis”.

Com um evidente tom de ironia, o cardeal comenta que também algumas pessoas diziam que o Papa João XXIII ia iniciar mudanças com o Concílio Vaticano II para “colocar a Igreja em dia”, mas que o “indeciso” Paulo VI e o “polonês de mente fechada” João Paulo II e o “autoritário” Joseph Ratzinger, agora Bento XVI, “estragaram tudo com seus conservadorismos”. A seguir o Cardeal Timothy Dolan explica que o Papa João XXIII convocou o Concílio para debater a melhor forma de transmitir a fé “sem comprometer ou diluir sua integridade. E, de acordo com os ensinamentos do mesmo Concílio, é o Papa, unido aos Bispos da Igreja, que proporcionam a genuína interpretação do significado do Concílio”.

O cardeal explica em seguida que o que deve se adequar aos tempos é a forma que a fé é apresentada e que a missão da Igreja e seus ensinamentos não devem ser alterados, mas devem estar conformes à Revelação de Deus na Bíblia, ao direito natural, aos ensinamentos de Jesus e ao Magistério da Igreja (os ensinamentos do Papa e dos bispos). Para deixar ainda mais claro que os ensinamentos da Igreja não estão “fora de moda”, o purpurado apresenta três exemplos concretos.

O primeiro se refere à convivência antes do matrimônio e a vida sexual ativa, que segundo a Igreja pertence apenas ao âmbito do matrimônio. “Tal afirmação, como sabem, é qualificada de tola, inútil e repressiva”. Entretanto, prossegue o prelado, “não foi um jornal católico – pelo contrário – o New York Times (que no dia 15 de abril de 2012) informou as sombrias estatísticas de como a convivência antes do matrimônio gera altos graus de infelicidade marital e divórcio?”

O segundo caso é o de uma mulher que procura o seu pároco para pedir consolo porque agora não pode ficar grávida porque, segundo o seu médico, durante 15 anos tomou a pílula anticoncepcional, um tema com o qual alguns zombavam da Igreja. “A mulher mesmo conclui que o respeito da Igreja pela integridade natural do corpo não está para nada ‘ultrapassado’”. O terceiro caso é um homem que se aproxima do próprio cardeal para contar-lhe o seu drama: está velho, sozinho e vai morrer. Deixou a sua esposa e filhos uma década atrás, procurou dinheiro, prestígio, bens materiais e uma esposa mais bonita e mais jovem. Anos atrás ele não deu ouvidos ao sacerdote que lhe advertiu sobre os perigos de “adorar o dinheiro e o prazer”.

“E agora – diz o Cardeal Dolan– o homem está morrendo sozinho, recordando as palavras de Jesus: ‘De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro se ao fazê-lo perde seu alma?’ O homem admite que, no final das contas, a Igreja tinha razão”.

O Arcebispo assinala que “a Igreja ‘não está fora de foco’, mas ao contrário se encontra no meio de tudo e bastante mais adiante de nós porque tem os olhos na eternidade. É uma mãe amorosa e sábia, fundada sobre Aquele que é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’”. “A Igreja, não tem que mudar de perspectiva, mas nós temos que mudar de vida. Esqueçam-se de ‘adaptar-se aos novos tempos’ no que diz respeito à fé e à moral. Em vez disso ‘coloquem-se em dia com o eterno!’, concluiu. (SP)







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