Islamabad (RV) - Rimsha Masih, a menina paquistanesa acusada de blasfêmia e
liberada sob fiança por um Tribunal de Islamabad, não estará presente no tribunal
para nova audiência do processo, prevista para esta sexta-feira. Foi o que confirmou
à agência Fides o advogado de Rimsha, o cristão Tahir Naveed Chaudry, da “All Pakistan
Minorities Alliance”.
Segundo o procedimento vigente, explica o advogado,
o réu que se encontra em liberdade sob fiança deve se apresentar somente se o promotor
pede expressamente e o juiz confirma a solicitação. Coisa que não ocorreu. Chaudry
se diz “otimista sobre o caso, pois não existem provas contra Rimsha”, mas informa
que “será necessário um tempo antes da completa absolvição”.
Comentando o caso,
Padre Robert Mc Culloch, missionário de São Colombano, há 34 anos no Paquistão, profundo
conhecedor do país, declara à agência Fides: “o caso de Rimsha serviu para alguma
coisa: pode ser o início do fim dos abusos da lei sobre a blasfêmia, que é como uma
espinha de peixe na garganta do Paquistão. O governo poderá se referir a Rimsha para
semelhantes futuros casos”.
“O presidente do Paquistão, Ali Zardari – recorda
Padre Mc Culloch – prometeu o seu empenho em prevenir os abusos da polícia e do sistema
judiciário na aplicação da lei sobre a blasfêmia. (SP)