Igreja Maronita no Brasil segue de perto viagem do Papa ao Líbano
Cidade
do Vaticano (RV) - Sexta-feira, 14, o Papa dará início à sua 24ª viagem apostólica
internacional, tendo como destino o Líbano, único país do Oriente Médio em que a maioria
da população é cristã, segundo indicam as estatísticas da Igreja Católica no Líbano.
O
Brasil, país que acolheu imigrantes do Líbano desde o século XIX, é pátria hoje de
cerca de 8 milhões de descendentes libaneses. Destes, 70% são maronitas. A Igreja
Maronita é uma Igreja Católica, de rito oriental, em plena comunhão com a Sede Apostólica
Romana, ou seja, reconhece a autoridade do Papa. Esta Igreja Oriental possui ritual
próprio, diferente do rito Latino adotado pelos católicos ocidentais. O rito maronita
prevê a celebração da missa em língua siro-aramaico, a língua que Jesus Cristo falava.
A
Eparquia Maronita no Brasil existe desde 1962. A Paróquia Nossa Senhora do Líbano,
em São Paulo, foi a primeira paróquia Maronita em nosso país. O atual bispo maronita
do Brasil é Dom Edgard Madi, que assumiu oficialmente em dezembro de 2006. Pe. Elias
Karam é o Pároco da Catedral de Nossa Senhora do Líbano, em São Paulo. Ele conversou
conosco e contou sobre seu trabalho junto à comunidade.
“Eu vim para cá
no ano de 2010, em maio, e até agora estou servindo a Igreja maronita. É uma missão
muito boa, muito linda. Temos dificuldades, mas estamos felizes. Trabalho com o bispo
na Arquidiocese maronita do Brasil. Meu trabalho é servir os fiéis da minha paróquia;
atendê-los nos batismos, casamentos, confissões, acompanhamento das pessoas, e ademais,
dou aulas de árabe na paróquia e agora estou trabalhando num projeto de um ano com
os descendentes libaneses jovens, para levá-los ao país de origem e conhecer o Líbano”.
“A comunidade é muito numerosa em São Paulo. Temos a Sociedade Beneficente
Maronita no Brasil, que tem sede no bispado. Fazemos muitos projetos juntos para unir
a comunidade maronita, como obras sociais. Os fiéis brasileiros estão entusiasmados
com a visita do Papa. Nós a divulgamos; levamos o Povo ao ambiente que se vive no
Líbano. Por isso, o povo está interessado em rezar pelo país. Em minhas missas, peço
sempre ao povo que acenda uma vela para o nosso país, para acompanhar a visita com
as orações daqui, do Brasil”.