2012-09-08 16:55:56

Uma extraordinária experiência de comunhão eclesial - Cardeal Rilk na conclusão do Congresso Panafricano dos Leigos


Uma extraordinária experiência de comunhão eclesial. Assim definiu o cardeal Estanislau Rilk, o Congresso Panafricano dos Leigos que conclui neste sábado 8 de setembro os quatro dias de trabalho em Yaoundé, nos Camarões. O Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, organismo promotor do Congresso disse que assistiram a “uma particular epifania da Igreja em África, descobrindo, ao lado dos problemas que afligem o continente, tantos recursos espirituais, vitalidade humana e religiosa, assim como um forte dinamismo missionários do seu laicado.
O cardeal Rilk disse ainda que a palavra que mais sobressaiu no congresso foi formação. “A Igreja em África adverte a grande urgência da tarefa educativa perante os leigos”. A formação – prosseguiu – não é um privilégio, mas um direito e um dever da Igreja”. Aliás, o II Sínodo dos bispos para a África indicou a formação dos leigos como uma prioridade, por forma a serem autênticos “embaixadores de Cristo” na esfera pública, no coração do mundo”, promotores de paz, justiça e reconciliação. Por isso, os leigos não devem fechar-se nas próprias comunidades cristãs, pois que são chamados a construir o reino de Deus no mundo em que vivem, isto é na família, no trabalho, na economia, na vida pública, na política e na cultura.
Testemunhar Cristo no coração do mundo não é tarefa fácil, porque exige, muitas vezes a coragem de ir contracorrente para defender os direitos inalienáveis e a dignidade da pessoa humana. Entra então em jogo a delicada questão das relações entre os leigos e a política. A politica está a passar hoje em dia por uma certa desvalorização, mas, não basta denunciar os males. Aos leigos impõe-se a urgente tarefa de descobrir o direito e o dever de uma activa e responsável participação na vida politica no próprio país. Para isso deve ter um adequado conhecimento da Doutrina Social da Igreja.
Na qualidade de Embaixadores de Cristo, não podem descurar a fé, risco este que começa já a entrever-se em África. Daí a importância do Ano da Fé que visa voltar a colocar Deus no centro da vida de cada cristão e levar redescobrir o Catecismo da Igreja Católica como bússola segura para a vida e missão do laicado.
O Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos recordou que o principal lugar da formação dos leigos, para além da família, são as paróquias, as quais devem ser apoiadas e ajudadas pelas comunidades cristãs de base que estão a ganhar novo vigor em África - disse - incitando a valorizar cada vez mais estes movimentos na Igreja do continente.
A este respeito recordou, exprimindo admiração sobretudo pelos leigos empenhados em primeira linha nos contextos de guerra, de refugiados e todos quantos sofrem também devido à intolerância religiosa, ódios e violências.
Os leigos, rematou têm uma importante e insubstituível missão na Igreja e no mundo. Mesmo a terminar recomendou a todos que estudem os três documentos que lhes foi posto na pasta: Ecclesia in África, Africae Munus, Redemtoris Missio e Christi Fidelis Laici.








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