Bento XVI recebe nova Embaixadora da Lituânia junto à Santa Sé
Castel Gandolfo (RV) - O Papa Bento XVI recebeu nesta quinta-feira, 06 de setembro,
em Castel Gandoldo, a senhora Irena Vaišvilaité, Embaixadora da lituânia, por ocasião
da apresentação das Cartas Credenciais. Ex-conselheira do presidente lituano e vice-Reitora
da Universidade Européia de Ciências Humanas, a senhora Vaišvilaité colaborou com
a Rádio Vaticano entre 1991 e 1998. Diplomada em História da Arte na Universidade
estatal de Lomonosov de Moscou, conseguiu também um doutorado em História da Igreja
na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Além do lituano, fala inglês, russo,
italiano, francês, tcheco e polonês. Conversando com a Rádio Vaticano sobre o encontro
com o Papa, eis o que disse a nova embaixadora da Lituânia junto à Santa Sé:
R.
O encontro foi emocionante porque o ambiente de Castel Gandolfo é muito acolhedor
e familiar. O Santo Padre me recebeu de modo muito caloroso. Trouxe-lhe a saudação
da nossa presidente que se recorda de modo muito especial da sua visita dois anos
atrás. O Santo Padre agradeceu a saudação e depois falamos do convite dirigido ao
Papa de visitar a Lituânia. Falamos ainda do Concílio de Constança durante o qual
foi anunciada a conversão da Samogizia, última região européia a ser cristianizada.
O Santo Padre falou do surgimento dos nacionalismos porque precisamente naquele tempo
na Europa central nasciam os primeiros nacionalismos e das consequências preocupantes
dos nacioanalismos também do nosso tempo. Falamos depois das mudanças ocorridas na
sociedade pós-comunista também no que se refere às liberdades civil e religiosa. O
que preocupa o Santo Padre é delimitar a liberdade de fé a uma simples liberdade de
culto.
Falando sobre os principais desafios da Igreja na Lituânia hoje,
a Embaixadora Irena Vaišvilaité, disse que o principal desafio é falar a uma sociedade
muito secularizada. Antes tínhamos uma geração de católicos que eram formados para
resistir às pressões do Estado, que era muito hostil à religião e às práticas religiosas,
e portanto era uma Igreja fechada em si mesma. Ao invés, agorao desafio é transmitir
a mensagem cristã a uma sociedade que sabe muito pouco sobre o cristianismo. (SP)