Madre Teresa de Calcutá - 15 anos depois da sua morte a primeira paróquia a ela dedicada.
A 6 de Setembro de
1997 falecia Madre Teresa de Calcutá. Passados 15 anos reaviva-se a memória dessa
extraordinária religiosa, Premio Nobel da Paz em 1979, elevada aos altares em 2003
por João Paulo II. RV entrevistou P.Marco Farina, responsável da primeira paróquia
no mundo (italiana) dedicada à fundadora das missionarias da Caridade: – Padre
Marco, até que ponto está viva a memória dessa pequena e grande Irmã e o que é que
nos deixou de mais marcante da sua personalidade? - Madre Teresa está sempre
presente, porque ela é o exemplo mais concreto e mais próximo de nós no tempo, da
caridade de Nosso Senhor. Portanto a sua atenção para com os últimos, os últimos dos
últimos, ou seja, para com aqueles, isto é, que ninguém quer ajudar porque é difícil
ajuda-los, é o impulso a cumprir à categoria de determinadas pessoas, geralmente marginalizadas,
intervenções caritativas e significativas como se faz para todos e ainda mais.
- Padre Marco, é fácil para si transmitir a mensagem de Madre Teresa? – Não, porque,
infelizmente a caridade – quando custa – é difícil de anunciar. E, no que concerne
à caridade é preciso ser, antes de mais, testemunho, com o próprio espírito de vida
pessoal. Infelizmente temos uma sociedade doente de bem estar, uma sociedade que marginaliza.
Que julga e que tem pouca vontade de arregassar as mangas e ainda menos de sofrer
para o bem dos outros. Por exemplo as rugas que Madre Teresa trazia, desde jovem,
na face: é algo que não é belo para uma sociedade que procura o que é cómodo que segue
o prazer e a estética. D. - Quando se encontra diante dos jovens da sua paróquia,
o que é que procura dizer-lhes, inspirado, naturalmente, sempre na figura de Madre
Teresa? R. – Da Madre Teresa, antes mesmo da mensagem, a sua vida é já em si uma
catequese, pelo seu dar-se aos outros. Aos jovens isto apaixona muito.