2012-09-06 11:47:46

Guerra na Síria já provocou mais de 200 mil refugiados


Damasco (RV) - “Igrejas, mesquitas, escolas, mas também casas de famílias ou casas de aluguel: são esses os lugares onde milhares de deslocados encontraram refúgio dentro da Síria nestes últimos meses. Meia Lua Vermelha e Cruz Vermelha estão distribuindo ajudas e procurarão intensificar a sua assistência que entre janeiro e agosto deste ano chegou a cerca 800 mil pessoas”: conversando com a agência Misna, em Damasco, Cecilia Goin, Porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, evidencia as dificuldades causadas pelo conflito em andamento e pelo aumento da violência nos últimos meses.

“Os nossos agentes estão distribuindo, sobretudo, gêneros alimentícios – acrescenta Goin –, estão fornecendo assistência médica e estão procurando, na medida do possível, individuar e administrar centros de acolhida. Agora, as condições meteorológicas são ideais e isso ajuda, mas sabemos que chegarão o outono e o inverno e que as dificuldades poderão aumentar”.

As palavras da porta-voz chegam no momento em que o Presidente da Cruz Vermelha, Peter Maurer, se encontra na Síria para se reunir com expoentes do governo; já se encontrou com o Presidente Bashar Al Assad e fará visitas a alguns pontos de assistência na periferia da capital.

Fontes locais da Misna referem sobre bombardeios e combates em diversas áreas do país e de civis que continuam fugindo. Segundo os últimos dados disponíveis, nos países de fronteira encontram-se 250 mil sírios acolhidos em campos de refugiados ou em outras estruturas. Sobre o número de deslocados internos ainda não existem estimativas certas mas são centenas de milhares.

Entretanto, dois episódios fora do país recordam a dimensão internacional da crise síria. No Cairo, a polícia dispersou dezenas de manifestantes anti-Assad que tinha se reunido na entrada da embaixada da Síria armados com pedras e bombas molotov. Hackers filo-governamentais, ao invés conseguiram passar pelo sistema de segurança de Al Jazira, a televisão via satélite do Catar, inserindo um banner na home page do site denunciando “as suas posições contra o povo sírio e o governo” de Damasco. (SP)








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