Semana Social e pesquisa do IBGE na pauta do Consep
Brasília (RV) - “Estado para quê e para quem?” Este é o tema da 5ª Semana Social
Brasileira (SSB), promovida pela CNBB e movimentos sociais, que esteve na pauta da
sessão da tarde de terça-feira, 28 de agosto, do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep),
realizada na sede da CNBB, em Brasília. A apresentação foi coordenada pelo presidente
da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, Dom Guilherme
Werlang, e do assessor, Padre Ari Antônio dos Reis.
Dom Guilherme fez referência
ao seminário das pastorais sociais, realizado entre os dias 21 e 23 de agosto, e que
também tratou da temática da 5ª SSB. “Foi muito importante para avaliar e encaminhar
os próximos passos, como também começar a coletar as sistematizações que devem chegar
dos regionais, das dioceses, das pastorais sociais e dos movimentos sociais do Brasil”.
Na
apresentação, Padre Ari destacou que é preciso crescer na compreensão de como funciona
a 5ª SSB. “É preciso reforçar a ideia de processo, e não de um evento isolado”, afirmou.
A Semana já é uma realidade nas dioceses e regionais, mas ainda há dificuldades de
articulação.
Neste sentido, foi apresentada uma proposta de alteração da data
de realização do evento nacional, que está prevista para maio de 2013. A coordenação
sugeriu que este evento seja transferido para setembro, para propiciar uma melhor
participação dos movimentos sociais. A proposta foi aprovada no Consep, mas ainda
dependerá de confirmação em outras instâncias da entidade.
Os dados do IBGE
sobre as religiões, divulgados no final do mês de junho, também continuam a ser objeto
de reflexão dos bispos e da Igreja. Os católicos eram 124.976.912 em 2000 e caíram
para 123.280.173 em 2010, uma queda equivalente a 1,4%.
Com a ajuda do Padre
Thierry Linard de Guertechin,SJ, diretor do IBRADES, os bispos reunidos no Consep
puderam aprofundar o significado destes números, compreender as causas e levantar
desafios. Dom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari (BA), lembrou, por exemplo, que
a secularização é fortemente responsável pelo fato de que os entrevistados não se
declaram católicos mesmo quando são batizados. (CM)