Paquistão: ainda sem definição o caso de Rimsha Masih
Lahore (RV) - Um “desenvolvimento positivo” do episódio, que infunde esperança,
mas o ponto central é “o fim dos abusos cometidos em nome da lei sobre a blasfêmia”
no Paquistão. Assim comenta Dom Anthony Rufin, Bispos de Islamabad-Rawapindi, à agência
AsiaNews o êxito do relatório elaborado pela Comissão médica sobre o caso de Rimsha
Masih, a menina cristã acusada de ter queimado algumas páginas com algumas frases
do Alcorão.
Entretanto, ativistas para os direitos humanos e membros da sociedade
civil criticam o procedimento utilizado pela polícia, que incriminou a adolescente
violando as normas previstas pelo código, debaixo de pressões de grupos extresmistas
islâmicos. Um modo de trabalhar definido “lei da selva” por alguns líderes muçulmanos,
que se uniram ao apelo dos cristãos e da comunidade internacional para a libertação
da menina.
A audiência para decidir sobre a liberação de Rimsha Masih, com
problemas mentais, acusada de blasfêmia, prevista para ontem, terça-feira, foi adiada
para esta quinta-feira; a audiência foi adiada por questões de natureza técnica, na
apresentação da instância da defesa relativa à Comissão médica que analisa o caso.
A
menina que foi detida em uma favela de Islamabad, tem problemas mentais; há um irmão
e uma irmã com mais idade. Os pais e o restante da família estão escondidos em uma
localidade protegida por causa do temor de represálias.
“Rezamos pela sua libertação”
destaca à agência AsiaNews Dom Rufin, que convida os parlamentares cristãos a realizarem
“iniciativas” para “deter os abusos” cometidos em nome da lei da blasfêmia. (SP)