2012-08-29 11:49:11

México: a Igreja deve dar uma mensagem muito clara sobre o valor do homem


Cidade do México (RV) – “A Igreja deve dar uma mensagem muito clara sobre o valor do homem, da família, do significado da sociedade, sobre o que significa um Estado em paz para seu próprio desenvolvimento, quer dizer, os valores perenes, os que permitem manter uma sociedade em contínuo progresso e na justiça social, em equidade. A Igreja deve anunciar o que sempre anunciou: o Evangelho e a Doutrina Social”. Foi o que disse Dom Julio César Vidal Ortiz, Bispo de Cúcuta, Colômbia, que concelebrou com o Cardeal Norberto Rivera Carrera a missa, no último domingo, na Catedral da Cidade do México.

Em entrevista sobre o tema do narcotráfico a pedido dos jornalistas que estiveram presentes na celebração religiosa, Dom Vidal Ortiz afirmou que “a Igreja não pode renunciar a buscar que as partes em conflito se encontrem, discutam, se unam para superar o problema”. “Eu convido, portanto, a este querido povo mexicano que, como cidadãos, enfrentem este problema e aos irmãos que estão no narcotráfico – falo a eles de coração -, vocês são pessoas, são filhos de Deus, são membros de um povo e não podem torturar por causa de dinheiro que não traz felicidade, a felicidade plena, porque a felicidade plena só está no encontro com Cristo”.

Em seguida explicou que na Colômbia, integrantes dos quatro cartéis da droga buscaram o diálogo para iniciar um processo que os levou a se entregarem à justiça e acabar com suas atividades ilícitas. O governo aceitou o diálogo, mas deixou claro que garantiria seus direitos como pessoas, e nada mais. “Eles compreenderam que a situação que levavam adiante era inumana que os prejudicava apesar de todo o dinheiro que ganhavam, porque não podiam desfrutar dele, prejudicavam suas famílias, prejudicavam muitas pessoas, o Estado... não havia ganhadores, mas perdedores”.

Perguntado sobre o narcotráfico no México, o bispo respondeu: “o narcotráfico só deixa lágrimas, desesperança, desestabilização e, com o passar do tempo, o narcotraficante não consegue tranquilamente aproveitar todo o dinheiro que é capaz de adquirir... quando o dinheiro é elevado a falso ídolo, ele destrói tudo: os princípios, as relações; e tudo isso só trouxe ao México, como também para a Colômbia, sangue, lágrimas, dor e desolação”. (SP)








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