2012-08-28 17:41:05

Igreja celebra Santo Agostinho: buscou a felicidade, errou, não se rendeu e encontrou Deus, ressalta Bento XVI


Cidade do Vaticano (RV) - Em 28 de agosto do ano 430 morria em Hipona, na atual Argélia, o bispo Agostinho, Padre da Igreja, teólogo e filósofo, cuja memória litúrgica a Igreja celebra nesta terça-feira.

É bastante conhecida a paixão de Bento XVI por esse Padre da Igreja, considerado pelo Papa um mestre e "companheiro de viagem" da vida. A Rádio Vaticano aproveita a ocasião para repropor algumas reflexões do Pontífice sobre Agostinho e a sua busca da verdade.

Prestígio, carreira, posse das coisas, das pessoas, um querer irrefreável de possuir a felicidade e, de certo modo, colocá-la no bolso; melhor tê-la sempre consigo, plantada no coração. Essa é a fileira dos valores do jovem Agostinho, explicou Bento XVI, dois anos atrás. Uma escala cujos primeiros degraus são os bens tangíveis e sobre os quais o jovem inteligente e cheio de vida se agarra para ver se, além do crinal da satisfação epidérmica, eles revelam algo que satisfaça mais profundamente:

"Muitas vezes se prefere viver somente o momento fugaz, iludindo-se que traga felicidade duradoura; se prefere viver, porque parece mais fácil, com superficialidade, sem pensar; se tem medo de buscar a Verdade ou talvez se tem medo que a Verdade nos encontre, nos agarre e mude a vida, como se deu com Santo Agostinho." (Audiência Geral, 25 de agosto de 2010)

Agostinho não se detém naqueles degraus, sobe-os e a escada aponta cada vez mais para o alto, o céu. O futuro Santo, explica Bento XVI, não se satisfaz com o "clarão de luz" encontrado aqui e acolá. E não deixa desencorajar-se pelos erros que se dá conta de ter cometido ou pelos insucessos colecionados, até que descobre, diz o Pontífice, "que aquela Verdade, aquele Deus que buscava com as suas forças era mais íntimo a si do que ele mesmo, que esteve sempre com ele". Trata-se de uma grande lição para quem hoje busca Deus e muitas vezes se encontra navegando entre as ondas de uma indiferença que relativiza tudo:

"Caros irmãos e irmãs, gostaria de dizer a todos, inclusive a quem se encontra num momento de dificuldade em seu caminho de fé, ou mesmo a quem participa pouco da vida da Igreja ou a quem vive 'como se Deus não existisse', que não tenham medo da Verdade, que jamais interrompam o caminho rumo a ela, que jamais cessem de buscar a verdade profunda sobre si mesmos e sobre as coisas com a visão interior do coração. Deus jamais deixará de doar Luz para fazer ver e Calor para fazer sentir no coração que nos ama e que deseja ser amado." (Audiência Geral, 25 de agosto de 2010) (RL)







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