2012-08-27 11:53:12

Continua no Paquistão o drama das crianças


Lahore (RV) – “As notícias, em aumento contínuo, de violências contra crianças cristãs no Paquistão são realmente inquietadoras. Para os cristãos parece que viver neste país seja cada vez mais difícil. São muitas as meninas cristãs raptadas, violentadas e convertidas à força ao Islã e até mesmo mortas como no caso de Amaria Masih, a 'Maria Goretti paquistanesa'. “Existem crianças raptadas e mortas pelo tráfico, como no caso recente de Sunil Masih ou de Shazia Bashir. Agora as crianças são também acusadas de blasfêmia, como Rimsha Masih. Se atingem as crianças, chegou-se realmente a um limite intolerável de desrespeito e falta de humanidade": declara à agência Fides Padre James Channan, OP, Diretor do ‘Peace Center’ de Lahore, fortemente engajado em favor do diálogo inter-religioso.

Depois do caso de Rimsha, o Diretor há anos na direção da Comissão para o Diálogo da Conferência Episcopal do Paquistão, chama a atenção sobre a lei da blasfêmia: “Esta lei controversa, pela qual muito sangue foi derramado no Paquistão, continua sendo instrumento para perseguir cristãos, hinduístas, mas também fiéis muçulmanos. É uma lei injusta e ambígua. Nós cristãos pedimos há tempo para que seja abolida ou modificada a fim de reduzir os abusos que provoca. E nesta batalha estão conosco muitas organizações pelos direitos humanos criadas por cidadãos muçulmanos”.

Os cristãos no Paquistão lançam um apelo: “Pedimos com veemência ao Governo para que assuma suas responsabilidades, garanta o respeito pela dignidade humana e os direitos fundamentais a todos os cidadãos de qualquer profissão religiosa. Acredito que seja necessária uma sensibilização internacional: pedimos uma missão especial do Observador Especial Onu para a liberdade religiosa”, destacou Padre James. (SP)








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