2012-08-24 13:52:17

O drama de 12 mil cristãos do vilarejo de Rableh


Rableh (RV) - A grande tragédia da guerra civil na Síria, chama a atenção para a questão dos mais de 12 mil fiéis greco-católicos bloqueados no vilarejo de Rableh, oeste de Qusayr, na região de Homs. Segundo fontes da agência Fides, os alimentos estão acabando, os fiéis estão se nutrindo de “pão e água” e faltam medicamentos para tratar os doentes e feridos. Uma situação que se criou por que há mais de 10 dias o vilarejo de Rableh está sujeito a um rigoroso bloqueio por parte dos grupos armados de oposição, que o cercam por todos os lados.

Um dos líderes de uma paróquia local, BK - que pediu anonimato por razões de segurança - disse à Fides que nos dias passados três jovens do vilarejo foram mortos por franco-atiradores: George Azar de 20 anos, um outro de 21 anos, e Elias Tahch Semaan, 35 anos, casado e pai de quatro filhos. Alguns representantes da iniciativa popular para a reconciliação “Mussalaha” conseguiram levar um pequeno carregamento de ajuda humanitária ao vilarejo. Um representante da “Mussalaha” disse aos fiéis que “se fará de tudo para permitir a entrega de ajudas humanitárias”.

Um apelo foi lançado pelo Patriarca Gregório III Laham, visivelmente comovido, a todos os homens de boa vontade, para que “seja salvada Rableh e todos os outros povoados afetados na Síria, e se chegue finalmente a paz em nosso amado país”. Também o Núncio Apostólico na Síria, Dom Mario Zenari, convidou todas as partes envolvidas “ao respeito do direito internacional humanitário”, recordando que a resolução da crise na Síria depende, antes de tudo, dos seus cidadãos.

A agência Fides recebeu ainda a informação de que o mosteiro greco-católico de São Tiago o Mutilado, de Qara – que atualmente abriga uma comunidade de 25 pessoas de nove países e um grupo de 20 refugiados - nos últimos dias foi atingido por bombardeios de um helicóptero de ataque que pretendia atingir alguns grupos rebeldes. Nenhuma vítima, mas diversas partes do mosteiro, do século VI, foram danificadas. A superiora do mosteiro, Madre Agnès-Mariam de la Croix, acrescentou sua voz à da hierarquia local, pedindo o fim da violência e que seja “adotada a lógica do diálogo e da reconciliação”. Líderes cristãos locais solicitaram às partes beligerantes que poupem as áreas onde vivem os civis e que salvaguardem o patrimônio cultural e religioso do país. (SP)








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