Dom Tomasi: "aumenta a intolerância religiosa contra cristãos"
Rimini (RV) – O Observador permanente da Santa Sé junto às agências da ONU,
em Genebra, Suíça, Dom Silvano Tomasi, denunciou nesta quinta-feira, 23, o aumento
da intolerância religiosa contra cristãos, inclusive na cultura ocidental. Falando
à Rádio Vaticano o prelado afirmou que “há provas bem documentadas que mostram que
os cristãos são o grupo religioso mais perseguido no mundo de hoje, isto é, o grupo
que vê mais limitado os seus direitos, por uma razão ou outra”.
“Às vezes
se chega ao extremo, por exemplo, na Nigéria onde fazem explodir bombas nas igrejas
no domingo, aproveitando que as pessoas vão à missa para rezar ou celebrar o culto.
Outras vezes se verificam situações nas quais as comunidades cristãs são forçadas
ao exílio devido à violência, como ocorreu no Iraque e como está ocorrendo agora na
Síria, quando se perseguem ou se punem os cristãos, ou porque eles são vistos como
aliados do Ocidente ou que apoiaram um regime ou outro. O prelado discursou na manhã
de ontem sobre o tema, no encontro de Rimini, que se realiza na cidade do nordeste
da Itália, até este sábado.
Para Dom Tomasi, na cultura ocidental a estratégia
é “dizer ou pensar que a religião é um impedimento para a liberdade individual. Assim,
temos uma situação contrária ao que é afirmado: não é o grupo religioso que impede
a afirmação do direito de alguém, mas é a posição pública que limita o direito de
quem acredita ou tem uma fé religiosa”, refere. O Observador permanente da Santa Sé
em Genebra fala de uma “estratégia sutil, mas muito eficaz, porque acaba por impedir
a possibilidade de que os valores cristãos tenham seu destaque nas decisões públicas”.
(SP)