Assistente-Geral da Ação Católica: os leigos cristãos são pilares da Igreja
Cidade do Vaticano (RV) - A cidade romena de Iaşi é, nestes dias, a "capital
mundial" da Ação Católica. Até este sábado, a cidadezinha acolhe a VI Assembleia Geral
do Fórum Internacional da Ação Católica. O encontro é quase um prelúdio aos debates
que animarão o Sínodo dos Bispos de outubro próximo, caracterizado por discussões,
reflexões e debates sobre a nova evangelização.
Os representantes de 35 países
de 4 continentes estão tratando de co-responsabilidade eclesial e social dos leigos
da Ação Católica, e em apoio a tal compromisso chegou nesta quinta-feira aos participantes
a mensagem de Bento XVI, pedindo-lhes que sejam realmente "co-responsáveis do ser
e do agir da Igreja".
A esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o Assistente-Geral
da Ação Católica, bispo da Diocese Suburbicária de Palestrina (Vicariato de Roma),
Dom Domenico Sigalini. Eis o que disse:
Dom Domenico Sigalini:- "É verdade
e este é um pensamento que o Santo Padre tenta continuamente transmitir para a vida
da Igreja, sobretudo na pastoral. O sacerdote não dá direitos ou faz concessões piedosas
a alguém para poder trabalhar com ele pelo Reino de Deus, mas o leigo, justamente
porque batizado, tem uma responsabilidade, digamos, "ontológica", que lhe é oriunda
do seu ser, portanto, não se trata de benigna concessão de ninguém. Isso ajuda o leigo,
mais ainda, a assumir a finalidade da Igreja: o anúncio do Evangelho, o viver a própria
fé em sua profissão, o ajudar os próprios sacerdotes e bispos a entenderem melhor
o mundo."
RV: Em sua mensagem, o Papa evidenciou que o grande desafio da
nova evangelização é anunciar a Mensagem de salvação "com linguagens e modos compreensíveis
para o nosso tempo". Com quais instrumentos a Ação Católica pretende responder a essa
solicitação e qual novo compromisso pretende assumir?
Dom Domenico Sigalini:-
"A esse propósito, a Ação Católica não pretende ficar de braços cruzados, mas pensar
mais na realidade que apresenta perguntas que requerem a nossa resposta. Além disso,
sendo realmente laica, pretende fazê-lo na realidade concreta, no trabalho, nas instituições,
com a determinação de quem acredita no Evangelho e é apaixonadamente seguidor de Cristo.
Ademais – e o Papa ressalta isso –, usando também algumas propostas concretas de serviço
eclesial dentro das realidades do mundo." (RL)