Leigos co-responsáveis na vida da Igreja e não apenas colaboradores do clero
Está a decorrer desde ontem, em Iasi, na Roménia, a VI assembleia geral do Fórum Internacional
da Acção Católica. Representantes de 35 países de quatro continentes vão-se confrontar
até ao próximo dia 26 sobre o tema “leigos da Acção Católica: a co-responsabilidade
eclesial e social”. Tomam como ponto de referência a passagem bíblica relativa aos
discípulos a caminho de Emaús: “Partiram imediatamente, voltaram para Jerusalém..”
Numa mensagem dirigida a D. Domenico Sigalini, assistente geral do Fórum Internacional
da Acção Católica, Bento XVI diz que o tema escolhido é de grande importância para
o laicado e enquadra-se bem na iminência do Ano da Fé. A co-responsabilidade – escreve
o Papa – exige uma mudança de mentalidade no que toca ao papel dos leigos na Igreja.
Eles devem ser considerados como pessoas realmente co-responsáveis do ser e do agir
da Igreja, e não como “colaboradores” do clero. Por isso é importante que se consolide
um laicado maduro e empenhado por forma a poder dar o seu contributo específico na
missão eclesial, no respeito dos ministérios e das tarefas que cada um é chamado a
desempenhar na vida da Igreja e sempre em cordial comunhão com os bispos. A este respeito
Bento XVI cita a Constituição Dogmática “Lumen Gentium que qualifica o estilo das
relações entre leigos e pastores com o adjectivo “familiar”. Destas relações familiares
– remata o Papa – devem brotar muitas vantagens para a Igreja que, pode, assim desempenhar
com mais eficácia a sua missão no mundo. O Papa convida os leigos a se formarem
constantemente, fazendo com que o Evangelho seja a luz e a esperança de ultrapassar
as problemáticas que o homem de hoje é chamado a enfrentar.