2012-08-22 12:55:01

EUA: Republicanos pedem cortes sociais. Igreja reage compacta


Washington (RV) - As religiosas e os bispos católicos dos EUA estão indignados com o plano de ajuste fiscal e o programa de cortes sociais idealizados pelo “número dois” republicano, Paul Ryan.

Desde que Ryan, que aspira à vice-presidência dos EUA pelo Partido Republicano, anunciou em abril seu drástico plano de austeridade, a Igreja Católica está na linha de frente das críticas por considerá-lo uma "traição" e uma "armadilha mortal" para os mais pobres.

Em julho, o Bispo de Stockton e presidente do Comitê de Justiça Nacional e Desenvolvimento Humano da Conferência de Bispos Católicos dos EUA, Dom Stephen E. Blaire, reiterou que “o ajuste fracassa na hora de encarar os critérios morais de solidariedade e proteção aos menos favorecidos”.

A Conferência Episcopal enviou também uma carta ao Congresso para alertar contra o plano orçamentário, “moralmente indefensável e traidor do princípio católico da solidariedade”.

Aos bispos, se somou um grupo de religiosas, que foi para a estrada em julho em um ônibus batizado como "Nuns on the bus" (Freiras no ônibus) com o qual percorrem o país denunciando a agressiva proposta de cortes.

“O plano é uma armadilha mortal para aqueles que estão nas margens da sociedade; põe em perigo grande parte dos programas sociais” - denunciou Irmã Diane Donahue, ao encerrar seu percurso diante do Congresso em Washington, em 2 de julho.

A Irmã Simone Campbell, uma das religiosas que viaja no “Nuns on the bus”, classificou na semana passada o plano como “horrível” e convidou o candidato republicano à presidência, Romney, e o aspirante à vice-presidência, Ryan, para passar um dia de campanha com elas em seus trabalhos com os menos favorecidos. Para a religiosa, o plano de ajuste é antipatriota e contrário à justiça social.

O plano propõe reduzir o déficit fiscal com duros cortes aos programas sociais e ao gasto público. (CM)








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