2012-08-21 12:49:13

O projeto "Índio Educa": universitários transmitindo a história e a cultura dos povos indígenas brasileiros


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Goiânia (RV) - Hoje no Brasil, existem ao redor de 220 etnias indígenas, que falam 180 línguas diferentes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (censo 2010) a população indígena é estimada em 818 mil indivíduos, o que corresponde a 0,4% da população brasileira. No passado eram muito mais. De acordo com o Professor Aryon Rodrigues em um artigo denominado “Línguas indígenas: 500 anos de descobertas e perdas”, publicado em 1993, havia cerca de 5 milhões de índios falantes de cerca de 1.200 línguas distintas.

Para transmitir a verdadeira história e cultura dos povos indígenas através das mais variadas formas, especialmente via Internet, em setembro de 2011 foi criado o projeto “Índio Educa”.

O Cimi é um organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que, em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da Igreja católica junto aos povos indígenas.

Criado em 1972, quando o Estado brasileiro assumia abertamente a integração dos povos indígenas à sociedade majoritária como única perspectiva, o Cimi favoreceu a articulação entre aldeias e povos, promovendo as grandes assembléias indígenas, onde se desenharam os primeiros contornos da luta pela garantia do direito à diversidade cultural.

O objetivo da atuação do Cimi foi assim definido pela Assembléia Nacional de 1995:

“Impulsionados (as) por nossa fé no Evangelho da vida, justiça e solidariedade e frente às agressões do modelo neoliberal, decidimos intensificar a presença e apoio junto às comunidades, povos e organizações indígenas e intervir na sociedade brasileira como aliados (as) dos povos indígenas, fortalecendo o processo de autonomia desses povos na construção de um projeto alternativos, pluriétnico, popular e democrático.”

Os princípios que fundamentam a ação do Cimi são:

- o respeito a alteridade indígena em sua pluralidade étnico-cultural e histórica e a valorização dos conhecimentos tradicionais dos povos indígenas;
- o protagonismo dos povos indígenas; tendo o Cimi como aliado nas lutas pela garantia dos direitos históricos;
- a opção e o compromisso com a causa indígena dentro de uma perspectiva mais ampla de uma sociedade democrática, justa, solidária, pluriétnica e pluricultural.

E para esta nova sociedade, forjada na própria luta, o Cimi acredita que os povos indígenas são fontes de inspiração para a revisão dos sentidos, da história, das orientações e práticas sociais, políticas e econômicas construídas até hoje.

Para conhecer o projeto “Índio Educa”, ouça a reportagem da Rádio Potyron, clicando acima.
(CM)








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