2012-08-21 13:13:46

México: Igreja relata drama dos migrantes


Cidade do México (RV) – A Conferência Episcopal do México (CEM) pediu aos próximos legisladores que analisem o “drama humano” que vivem os migrantes centro-americanos que atravessam o México para chegar aos Estados Unidos. Por isso a Igreja Católica exorta os futuros legisladores a elaborarem propostas para proteger os migrantes que passam através de vários estados mexicanos e que “pressionem os líderes estadunidenses para que os aceitem como seres humanos e irmãos, e que não esqueçam que é um país formado por migrantes”.

Em mensagem assinada pelo Bispo de San Cristóbal de las Casas, Dom Felipe Arizmendi, e divulgado pela CEM, o prelado relata as situações dramáticas que vivem os migrantes mexicanos, hondurenhos, salvadorenhos, guatemaltecos, nicaraguenses e outras nacionalidades em sua vontade de chegar ao “Norte”.

“É chocante e, ao mesmo tempo, comovedor conhecer suas histórias, as dificuldades que enfrentam, a insegurança a que estão expostos, o afastamento das famílias”. “Várias vezes denunciamos as extorsões que são vítimas, os sequestros e os assassinatos cometidos pelos grupos criminosos e narcotraficantes, sem a mínima proteção das autoridades competentes”, destaca.

Portanto, continua, “nos causa dor e nos preocupa que em algumas áreas predominem o receio, a desconfiança e a rejeição. Questiona nossa prática evangelizadora a atitudes de pessoas que impedem que a Igreja lhes dê acolhida e assistência humanitária”.

Dom Arizmendi Esquivel denuncia que “não só não se dá algo a eles para sobreviverem, mas também são atacados e excluídos. Isto é cristão?”, pergunta-se. É verdade, admite, “que um ou outro migrante, em seu desespero e indigência, comete furtos, invade casas e chega a causar prejuízos a alguns. Nem todos são pacíficos, inocentes e santos, mas não por causa de uns poucos todos devem ser condenados”.

Apesar disso, o Bispo afirma que muitas pessoas se colocam no lugar dos migrantes e os ajudam, de uma ou outra forma, com alimentos, remédios, roupa, dinheiro e proteção jurídica. “São vários os centros de acolhida que nossas Dioceses e Congregações religiosas criaram desde as fronteiras do Norte ao Sul, bem como nas várias rotas”, destaca. (SP)








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