2012-08-17 10:58:00

Mineiros executados na África do Sul. Sacerdote explica. Ouça


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Marikana (RV) - Pelo menos 30 mineiros que manifestavam em uma mina na África do Sul foram mortos e tiros nesta quinta-feira (16) pelas forças de segurança. A notícia foi confirmada pelo Ministro da Polícia sul-africana, Nathi Mthethwa.

Mthethwa declarou que também há muitos feridos na mina de platina da empresa Lonmin em Marikana, a 100 km de Johanesburgo, onde os agentes abriram fogo contra os mineiros, armados com machetes e paus.

O episódio é mais um capítulo de um conflito entre dois sindicatos e a polícia, no qual outras dez pessoas já morreram desde o domingo passado. Os mineiros começaram a greve na última sexta-feira, reivindicando aumentos salariais. Na tentativa de dispersar o protesto, a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e disparou balas de borracha – não está claro por que ocorreram os tiros com munição real. Após os disparos, a TV sul-africana mostrou policiais com coletes a prova de balas observando homens caídos no chão, vários dos quais provavelmente mortos. Mais tarde, a polícia alegou "legítima defesa" para efetuar os disparos.

O número de mortos, segundo a Agência EFE, não é definitivo e pode aumentar. Em comunicado oficial, o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, se declarou "comovido e consternado por esta violência sem sentido".

Em entrevista ao nosso correspondente Domingos Pinto, o padre português Carlos Gabriel, da Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Joanesburgo, diz que se trata de mais um caso evidente de violação dos Direitos Humanos. Clique acima para ouvi-la.

(CM)







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