2012-08-16 12:40:05

Patriarca de Constantinopla preocupado com violência no mundo lança apelo aos líderes religiosos


“O diálogo é a única esperança para se obter a paz” e “qualquer crime em nome da religião é um crime contra a religião”: este é o premente apelo do Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, que exprime profunda preocupação pelo recrudescimento da violência que se verifica actualmente no mundo”. Numa nota do Patriarcado Ecuménico lê-se que “da América à África, passando pela Europa e Ásia, todos os continentes se encontram confrontados com o fenómeno da intolerância, que não só mina a estabilidade e a paz do mundo, mas constitui também uma negação da dignidade humana”.

O Patriarca Bartolomeu denuncia nomeadamente “homicídios raciais, genocídios, “limpezas” étnicas, anti-semitismo e destruição de lugares de culto”, definindo-os “actos bárbaros que há que denunciar publicamente, sobretudo quando são mascarados com a aparência religiosa, com as tentativas de os justificar. Dirigindo depois o olhar ao Médio Oriente, à Nigéria e ao Sudão, o Patriarca ecuménico declara-se preocupado com os confrontos entre cristãos e muçulmanos, nessas regiões, reiterando que os conflitos “devem ser superados promovendo o amor recíproco, expressão pacífica da ligação que une todos os seres humanos”.

Também a situação na Síria “preocupa profundamente” o Patriarca Bartolomeu, sobretudo pelo “futuro da população e da cristandade no país”. Lança, por isso, um apelo “a todas as partes envolvidas no conflito, para que deponham as armas e dêem prioridade à situação humanitária”. Até porque - sublinha o patriarca ecuménico – “a solução deste tipo de conflitos exige, acima de tudo, o diálogo”, o qual “é algo mais do que mera compreensão ou tolerância das diferenças”, mas sim “a essência da reconciliação”. Daí a chamada de atenção aos líderes religiosos, para que “trabalhem juntos, através do diálogo, para “afirmar no mundo a paz de Deus”.

Os expoentes religiosos “têm a obrigação moral de resistir à guerra e de promover a paz, necessidade vital e fundamental para toda a humanidade” - sublinha Bartolomeu, advertindo que “a religião não pode e não deve nunca ser a base de guerras e conflitos. Jamais deve ser usada como instrumento de fundamentalismo e fanatismo, para motivos e fins puramente políticos”.
A concluir, o patriarca de Constantinopla declara-se solidário com “todas as comunidades atingidas pela violência” e pede a “todas as Igrejas ortodoxas autocéfalas, a todas Igrejas cristãs e às comunidades religiosas, às organizações internacionais e aos Estados, a todas as pessoas de boa vontade, que contribuam para o triunfo da paz sobre a guerra e o ódio”.








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