Instituição premiada com o Laço Vermelho contra o HIV: o caráter comunitário nos faz
importantes
Cidade
do Vaticano (RV) - Espoleá, uma organização mexicana criada por jovens e dirigida
aos jovens, foi distinguida com o Prêmio Laço Vermelho, durante a Conferência Internacional
sobre o HIV, realizada na capital dos Estados Unidos no mês passado. O Prêmio Laço
Vermelho condecora iniciativas impulsionadas pelo caráter comunitário no combate ao
HIV e Aids.
Jair Zavaleta, responsável do programa contra as drogas do Espoleá,
explica os objetivos da organização.
“Nossa organização existe há 16 anos e
começou como um projeto universitário que pensava em trabalhar pelos outros jovens.
Hoje trabalhamos junto com outras Ongs tanto em nível local, na Cidade do México,
como em todo o país em com incidência também na América Latina”.
Espoleá trabalha
com três itens de uma agenda sempre voltada à atenção dos jovens num esforço de conscientização.
“A
primeira é a política de drogas e redução de danos que, podemos dizer, foi aquela
que permitiu que fossemos condecorados com o Laço Vermelho. A segunda é da igualdade
de gênero e, a última, a do HIV”.
Zavaleta explica ainda que, apesar do número
de usuários de drogas injetáveis no México ser baixo – porém concentrado em algumas
zonas específicas das grandes cidades – a relação das infecções por HIV é muito recorrente.
Para enfrentar esse desafio, a Ong procura criar programas de capacitação e de recuperação
com apoio do governo, para que também os partidos políticos incluam em suas agendas
esta questão.
“Por sermos jovens, sabemos quais são as necessidades daqueles
que precisam de ajuda. Isso porque temos estado muito próximos de usuários de drogas,
com homens e mulheres que convivem com a Aids. Além disso, pelo fato de estarmos fora
do sistema político, isso nos permite lutar por aquilo que pensamos que seja necessário”.
Tal postura fez com que a Espoliá encontrasse apoio na comunidade, fator essencial
para o reconhecimento internacional.
“Quando publicamos algum tipo de material
a maior parte dos retornos vem da comunidade jovem”.