Roma (RV) - A Basílica de São Bartolomeu, na Ilha Tiberina, no bairro romano
de Trastevere, foi dedicada pelo Papa João Paulo II como local para o culto dos mártires
dos séculos XX e XXI. Ali são conservadas as relíquias e as memórias de todos aqueles
que dedicaram sua vida à fé em Cristo e por ele deram a vida. No outono desse ano
deverá chegar à Basílica uma relíquia muito particular: a pedra à qual foi amarrada
ao corpo de Padre Jerzy Popieluszko antes de ser jogado no rio, em 1984. O sacerdote
polonês, mártir do regime comunista, foi proclamado bem-aventurado em Varsóvia em
6 de junho de 2010 pelo Cardeal Ângelo Amato.
Em 1999, João Paulo II decidiu,
na preparação do Grande Jubileu 2000, instituir uma comissão denominada “Novos Mártires”
com o objetivo de investigar sobre os mártires cristãos do século XX. Como sede da
Comissão foi escolhida a Basílica de São Bartolomeu. Foram recolhidos cerca de 12
mil dossiês de mártires e testemunhas da fé. Depois do Ano Santo a Basílica tornou-se
lugar de culto dos mártires do século XX.
Entre as memórias conservadas na
Basílica se encontram: cruz peitoral de Dom Alejandro Labaka, Bispo de Agarico, no
Equador, e a sandália que pertenceu a Irmã Inês Arango, ambos missionários capuchinhos,
mortos em 21 de julho de 1987 na Amazônia pelas lanças daqueles a quem queriam anunciar
o Evangelho; a mitra do bispo italiano Dom Luigi Padovese, OFMCap, morto na Turquia
em 2010, entre outros. (SP)