“Que em breve a Igreja possa venerar Paulo VI como Bem-aventurado”
Cidade do Vaticano (RV) - “Que em breve a Igreja possa venerar Paulo VI como
Bem-aventurado”. É o desejo manifestado na tarde desta segunda-feira, 6 de agosto,
pelo Cardeal Dionigi Tettamanzi celebrando no Altar da Cátedra, na Basílica Vaticana,
a Santa Missa pelos 34 anos de falecimento do Papa Montini. O purpurado recordou o
amor do Pontífice, que faleceu no dia 6 de agosto de 1978, pela Solenidade da Transfiguração,
celebrada ontem pela Igreja, e o seu convite a vivermos a fé com alegria, sem temor
e a seremos “testemunhas de uma luz de vigília, que anuncia a plena luz do dia eterno”.
“Confio
aqui o meu forte desejo – e estou certo de que é compartilhado por todos, disse o
Cardeal Tettamanzi – que em breve a Igreja possa venerar Paulo VI como Bem-aventurado:
um desejo que reascende em mim todas as vezes que leio os seus escritos e penso no
seu serviço de amor à Igreja e à humanidade”.
Recordando Papa Montini e falando
da solenidade da Transfiguração do Senhor, o cardeal disse que é um mistério ao qual
Paulo VI era muito ligado, e sobre o qual em vista do Angelus de 6 de agosto daquele
ano escreveu palavras, que não pôde pronunciar, mas que nos deixou como presente.
Eis
as suas palavras: “A Transfiguração do Senhor...lança uma luz sobre nossa vida cotidiana.
Um destino incomparável nos aguarda, se tivermos honrado a nossa vocação cristã: se
tivermos vivido na lógica consequencial de palavras e comportamentos, que os compromissos
do nosso batismo nos exigem”.
“Somos convidados a um “sim alegre e comprometedor
da fé”, advertiu o Cardeal Tettamanzi parafraseando Paulo VI: um “sim” que significa
“compromisso de conhecimento, de contemplação e de oração, de vida coerente, testemunho,
impulso missionário e grande alegria espiritual”. Uma solicitação em tal sentido nos
chega do próximo Ano da Fé, convocado pelo Papa Bento XVI pelos 50 anos do início
do Concílio Vaticano II e que tem como precedente – recordou o purpurado – o ano desejado
precisamente por Paulo VI em 1967. (SP)