Nova Déli (RV) – Reza-se contra a “queda de braço” atômico. Enquanto a Índia
desafia a China com os testes nucleares, as Igrejas cristãs indianas pedem o desarmamento.
A iniciativa foi do Conselho Nacional das Igrejas (Ncci) que exortou os fiéis indianos
a celebrarem o 6 de agosto (58º aniversário do holocausto atômico de Hiroshima), promovendo
uma mobilização antinuclear. Em particular a Igreja católica está comprometida pelo
imediato fechamento da central de Koodankulam (no Tamil Nadu) e o gradual encerramento
de todas as centrais existentes na Índia: uma moratória de todos os projetos nucleares;
um decisivo apoio a todas as fontes alternativas de energia, ecocompatíveis.
São
os pedidos apresentados ao governo indiano pela Comissão “Justiça e Paz dos Bispos
indiano, e, ao mesmo tempo, manifesta plena solidariedade a todos os que (se distinção
de etnia, religião, casta, status social) levam adiante há meses o protesto não-violento
no Tamil Nadu (no sul da Índia) para pedir o fechamento da central nuclear de Koodankulam.
Em nota enviada à Agência Fides, o Secretário da Comissão, Charles Irudayam,
o Bispo Presidente Dom Yvon Ambroise e outros bispo membros, insistem junto ao governo
para “garantir a proteção dos cidadãos e do direito deles à vida”, como estabelece
o artigo 21 da Constituição, bem como de proteger o meio ambiente e a natureza (artigo
51 da Carta). Mas para o governo indiano o poder nuclear tem um papel principalmente
geopolítico, isto é de deter a expansão e o poderio militar da China em todo o continente
asiático. (SP)