Paulo VI ao lado dos povos africanos que aspiravam à independência
A 1 de Julho de 1970, na vigília da Conferência Internacional de <>, o Papa Paulo VI recebeu em audiência, no Vaticano,
os líderes históricos da resistência contra a colonização portuguesa em África (PALOP).
A delegação era chefiada por Amílcar Cabral. OSumo Pontífice disse, entre outras
coisas: "A Igreja e nós mesmos, estamos ao lado daqueles que sofrem. Nós somos a favor
da Paz, da Liberdade e da Independência nacional de todos os povos, particularmente
dos povos africanos (...). Nós rezamos por vós". Por sua vez, Amílcar Cabral afirmou
nomeadamente: "Nós trouxemos à Vossa Santidade a expressão do respeito e da alta consideração
não só dos católicos dos nossos países, mas também dos nossos povos. Nós não somos
contra o povo de Portugal, mas temos o direito de ser Livres e Independentes. Pedimos
a Vossa Santidade que procure interceder por nós por forma a que o Governo de Portugal
respeite as Leis Internacionais e a Posição da Igreja definida pela Encíclica <>. Para que os colonialistas portugueses, que se dizem católicos, cessem
os massacres das nossas populações, particularmente dos mais velhos, das mulheres
e das crianças". De regresso à Guiné-Conakry, Amilcar Cabral falando aos jornalistas
sobre este histórico evento fez o seguinte comentário: <>. Ora,
por ocasião do Congresso sobre a figura e obra de Amílcar Cabral, realizado aqui em
Roma, no dia 31 de Dezembro de 1999, na Rádio Vaticano, o primeiro Presidente da Guiné-Bissau
independente, Luís Almeida Cabral, irmão de Amilcar Cabral, não deixou de lembrar
este contributo tão importante da Igreja católica para a independência dos PALOP,
na pessoa do Papa Paulo VI e que hoje, por ocasião do trigésimo quarto aniversário
da morte de Papa Paulo VI queremos partilhar convosco, caros ouvintes…ouçamo-lo.