2012-08-04 12:10:42

Paulo VI e Igreja em África : entrevista ao cardeal Re, em Nairobi. Ouça


Concluiu-se quinta-feira em Nairobi o Colóquio “Paulo VI e a Igreja em África”. O Cardeal Giovanni Batista Re, Prefeito emérito da Congregação para os Bispos, que tomou parte no colóquio, traçou um balanço do encontro: RealAudioMP3

“Ao longo de dois dias foi ilustrada a grandeza de Paulo VI e sobretudo o valor do seu ensino e do testemunho no que toca à África. Foram sublinhados dois aspectos muito característicos: o convite do Papa a fim de que os africanos sejam católicos e africanos ao mesmo tempo e a serem missionários de si próprios. Foi citada a frase de Bento XVI na conclusão da Exortação Apostólica sobre o Sínodo Africano em que a África é designada pulmão espiritual da Igreja católica no mundo inteiro. Foram belas e muito participadas também as duas missas. Na minha intervenção, parti do Ano da Fé proclamado por Paulo VI para me deter seguidamente no Ano da Fé anunciado pelo actual Papa. A solicitude pastoral que inspira os dois anos da Fé é mesma: reforçar a fé.”
- Antes de ser Papa, o Cardeal Giovanni Battista Montini visitou em 1962 três países africanos: Quénia, Zâmbia, e África do Sul. Que influencia teve esta visita na sua visão da África?
“O cardeal Arinze era ainda um jovem sacerdote, pároco numa pequena paróquia quando chegou o cardeal Montini e falou aos fiéis dessa paróquia em italiano e ele traduzia na língua local. Ele disse que os fieis ficaram muito impressionados pelo conteúdo e pelo calor humano que o cardeal Montini deixava transparecer. Na viagem que o cardeal Montini fez a Kampala ordenou 12 bispos, inaugurou o SCEAM e encorajou a União das Conferências Episcopais a trabalhar na evangelização.”
- Quais são, eminência, as suas impressões em relação a este colóquio de Nairobi?
“Encontrei aqui em Nairobi uma Igreja viva e dinâmica. Depois do colóquio fomos celebrar a missa na catedral e havia bastante gente. Notei que ao lado da Catedral há uma capela onde havia adoração Eucarística: Estava cheia de gente. Há, portanto, um cristianismo vivo, um cristianismo que está a crescer em número de fiéis, de religiosos e sacerdotes. Parece-me que a África é realmente o continente da esperança para o futuro da Igreja.”








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