Nova
Iorque (RV) - Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira, com
133 votos a favor, uma resolução condenando a situação de violência na Síria. Russa
e China vetaram e 31 países se abstiveram. O texto critica a impotência do Conselho
de Segurança que não conseguiu convencer as autoridades sírias a respeitar as medidas
impostas pelo fim do conflito.
Na sessão, em Nova Iorque, o Secretário-Geral
da ONU afirmou que o conflito no país é um teste para tudo o que a organização representa.
Ban Ki-moon disse não querer que as Nações Unidas falhem nesse teste.
“A pressão
internacional pode fazer a diferença. O povo sírio precisa de ação. Suas aspirações
foram negadas. Seu sofrimento é profundo e a escalada do conflito armado somente agrava
ainda mais a situação. A responsabilidade para acabar com a violência cabe aqueles
que estão em batalha, particularmente ao governo. Mas o fato deles se recusarem a
baixar as armas não nos absolve, precisamos agir”.
O encontro na Assembleia
Geral ocorreu um dia após a renúncia do enviado especial da ONU e da Liga Árabe ao
país, Kofi Annan. Na sessão, o representante da Síria, Bashar Ja'afari, condenou os
Estados que estariam fornecendo armamentos para o que ele chamou de "grupos terroristas"
no país.
Fontes não-governamentais afirmam que o total de mortos no país pode
ser de até 15 mil. Nos últimos dias, opositores e forças do governo têm travado um
confronto pela cidade mais populosa da Síria, Alepo.
Os ataques também ocorrem
na capital Damasco, e na cidade de Hama, uma das primeiras a serem atingidas pela
violência política.