Jerusalém (RV) - Nos próximos dias Dom Antonio Franco conclui a sua missão
como Núncio Apostólico em Israel e Chipre e Delegado Apostólico em Jerusalém e Palestina.
Um serviço, intenso e delicado, que durou seis anos e que o prelado levou avante com
grande compromisso e dedicação. Falando à Rádio Vaticano Dom Franco falou sobre a
sua experiência na Terra Santa e dos seus sentimentos no momento em que está para
deixar a Nunciatura:
R. – O sentimento que provo é, antes de tudo, de gratidão
ao Senhor e aos superiores que me permitiram passar esses anos aqui na Terra Santa.
Devo dizer que antes nunca tinha estado na Terra Santa e que vim aqui, pela primeira
vez, precisamente como representante do Santo Padre. Portanto, para mim foi verdadeiramente
um privilégio. Eu pude experimentar a unicidade desta terra no plano espiritual, e
o que significa no cenário da história e da Salvação, da intervenção de Deus na história
do homem. Depois temos a complexidade dos problemas que se referem a situações concretas
que se vivem neste terra, e que a Igreja aqui presente, é chamada a viver.
P. - Qual testemunho dão hoje as comunidades cristãs da Terra Santa aos irmãos
de todo o mundo, também aos peregrinos que de todas as parte vem à Terra Santa?
R.
– Antes de mais nada, para mim o testemunho é da presença deles aqui. Eles hoje
representam a Igreja dos primeiros séculos, representam toda a tradição do crescimento
da vida cristã dos inícios. Os cristãos testemunham primeiramente a sua fé em Jesus,
portanto, a fé que dá esperança.
P. - Quanto é importante o papel da Igreja,
segundo a sua experiência, como ponte entre israelenses e palestinos, em vista da
reconciliação e da paz?
R. – A Igreja pode e deve procurar fazer a mediação
e ser, portanto, portadora de uma mensagem a uns e a outros. É o que se busca fazer
através das muitas iniciativas que existem de envolver os dois lados, de manter relações
com ambas as partes e procurar criar uma mentalidade que leve à superação das tensões.
Mantém-se viva uma exigência. (SP)