2012-08-01 11:46:57

A oração segundo Santo Afonso Maria de Ligório: Bento XVI na audiência geral


Com o início do mês de Agosto, como tinha sido anunciado, Bento XVI retomou o tradicional encontro das quartas-feiras, com os peregrinos que se deslocaram para o efeito a Castel Gandolfo, onde o Santo Padre se encontra nestes meses de verão. Em razão do intenso calor, e do elevado número de fiéis que ali confluíram, a audiência geral foi mais abreviada e teve lugar na praça em frente do palácio apostólico, com o Papa sentado à entrada, à sombra do pórtico de acesso ao pátio interior onde normalmente se instalam as pessoas, aos domingos, por ocasião do Angelus.

Retomando o tema que o vem ocupando, às quartas-feiras, desde há meses – a oração – Bento XVI ilustrou brevemente o que sobre este assunto Santo Afonso Maria de Ligório, cuja memória ocorre neste dia 1 de Agosto.

Bento XVI definiu este Doutor da Igreja, um dos santos mais populares do século XVIII, pelo seu estilo simples e imediato e pela sua doutrina sobre o sacramento da penitência. Para ele a oração era “um meio necessário e seguro para obter a salvação e todas as graças de que necessitamos”.

Um meio, o que significa que se tem em vista um objectivo a atingir: a plenitude da vida – disse o Papa. Mas, por causa do pecado, esta meta afastou-se, de certo modo, e só a graça de Deus pode torná-la acessível. Para fazer compreender o perigo de nos perdermos na vida, Santo Afonso dizia: “Quem reza salva-se, quem não reza se dana” e acrescentava “que salvar-se sem rezar é difícil, aliás impossível”.

Ele queria, deste modo fazer compreender, que em qualquer situação da vida não se pode prescindir da oração, especialmente em momentos de dificuldades e provações. Temos de bater sempre às portas de Deus, seguros de que ela cuida dos seus filhos.

Trata-se duma questão central. O que é realmente necessário para nossa vida? Perguntou-se o Papa, respondendo com as palavras de Santo Afonso…

A saúde e todas as graças para ela necessárias”. É claro que entendo não apenas a saúde do corpo, mas sobretudo a da alma, que Jesus nos doa. Mais do que qualquer outra coisa, temos necessidade da sua presença libertadora que nos torna plenamente humanos e torna a nossa existência repleta de alegria. E só através da oração podemos acolher a Deus, a sua Graça que, iluminando-nos em toda e qualquer situação, nos permite reconhecer o verdadeiro bem e, fortificando-nos, torna também a nossa vontade eficaz, isto é, torna-a capaz de pôr em acto o bem reconhecido. Muitas vezes reconhecemos o bem, mas não somos capazes de o pôr em prática. Com a oração chegamos a isto".

São Afonso traz-nos o exemplo muito interessante de São Filipe Nero, que logo ao acordar-se de manhã, dizia a Deus: “Senhor, mantenha hoje as mãos sobre Filipe, porque se não o fizerdes Filipe vos trairá.” De forma muito realista ele pede a Dus para manter sobre ele as mãos.

Também nós – continuou Bento XVI – conscientes da nossa fraqueza, devemos pedir a ajuda de Deus com humildade, confiando só na riqueza da sua misericórdia.

Santo Afonso - concluiu o Papa - recorda-nos que “a relação com Deus é essencial na nossa vida e que só com uma oração pessoal quotidiana e com a participação nos Sacramentos, pode crescer em nós a presença divina que orienta o nosso caminho, o ilumina e o torna seguro e sereno, mesmo em situações de perigo e dificuldades.”

Presentes nesta audiência geral, alguns grupos de peregrinos vindos de Portugal, que o Papa saudou expressamente, na nossa língua: RealAudioMP3

“Com sentimentos de gratidão e estima, saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente o grupo de escuteiros de Alcobaça, invocando sobre os vossos passos a graça do encontro com Deus: Jesus Cristo é a Tenda divina no meio de nós; ide até Ele, vivei na sua graça e tereis a vida eterna. Desça sobre vós e vossas famílias a minha Bênção.”








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