Conferência Internacional sobre a Aids conclui-se com resultados positivos
Washington (RV) – Depois de seis dias de análises e debates, chegou ao fim
a 19ª Conferência Internacional sobre a Aids, com um forte apelo à ação.
Segundo
especialistas reunidos em Washington (EUA), disponibilizar os tratamentos antirretrovirais
aos 34 milhões de pessoas no mundo soropositivas não é somente um dever moral, mas
também o modo mais eficaz e econômico para conter a epidemia.
Da Conferência,
emergiu também a necessidade de tornar ainda mais acessível os testes gratuitos, inclusive
nos países industrializados, de modo que quem está infectado pelo vírus possa mantê-lo
sob controle. Estima-se que, nos Estados Unidos, 20% dos soropositivos não sabem que
estão infectados e, além de não se tratarem, correm o risco de difundir ulteriormente
a infecção.
A Caritas Internacional participou desta Conferência com Mons.
Robert Vitillo, que foi entrevistado pela Rádio Vaticano sobre os resultados deste
encontro:
Mons. Vitillo:– Houve indicações muito positivas. Os relatórios
de estudiosos que foram apresentados nesta Conferência indicam que, com a expansão
do acesso ao tratamento antirretroviral, seria possível no futuro “ter uma visão”
da eliminação do Hiv-Aids. Certamente é uma esperança, mas é um esperança mencionada
por vários palestrantes durante esta Conferência.
RV:– Quais fora mas propostas
concretar apresentadas pela Igreja?
Mons. Vitillo:– Falamos muitos,
seja durante a pré-conferência católica, seja durante a conferência internacional,
da metodologia da Igreja, que propõe um modo de agir centralizado na pessoa em toda
a sua dignidade, para promover um comportamento que seja responsável para si mesmo
e para os outros. Naturalmente, mencionamos sempre a Doutrina da Igreja.
RV:–
Outro aspecto importante desta Conferência foi o problema da transmissão da Aids de
mãe para filho. Foram feitos progressos a respeito?
Mons. Vitillo:–
Sim, houve progressos. Este ano, foram identificados 22 países no mundo, 21 dos quais
na África mais a Índia, onde há 90% de transmissão. Foram desenvolvidos planos nacionais
para eliminar esse contágio e para diagnosticar o Hiv nas mulheres grávidas, de modo
que possam iniciar o tratamento antirretroviral para reduzir o nível do vírus em seu
sangue e eliminar, portanto, a possibilidade de transmissão da infecção à criança
durante a gravidez, o parto e, depois, com a amamentação. Foram feitos muitos progressos.
Fazemos votos de que, até 2015, esse tipo de transmissão seja eliminada nesses 22
países.